Foto © EPA/Esteban Biba

Os 28 jovens algarvios que estão na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Panamá a participar, no Campo São João Paulo II, na eucaristia de encerramento daquele encontro mundial com o papa ouviram Francisco afirmar que os jovens são o “agora” da Igreja e devem assumir papel de liderança.

“Vós, queridos jovens, não sois o futuro. Gostamos de dizer que sois o futuro, não… sois o presente. Não sois o futuro de Deus, vós jovens sois o agora de Deus”, declarou, centenas de milhares de pessoas, na homilia da celebração, onde muitos participantes na JMJ 2019 passaram a noite, após uma vigília de oração.

“O teu espaço é hoje”, insistiu Francisco. O pontífice desafiou os jovens a “tomar a palavra” nas comunidades, nas cidades, junto dos mais velhos: “Não amanhã, mas agora”.
A intervenção destacou a presença concreta e “diária” de Deus, que exige “fraternidade” e a saída do comodismo.

“Ele não quis manifestar-Se de modo angélico ou espetacular, mas quis dar-nos um rosto fraterno e amigo, concreto, familiar. Deus é real, porque o amor é real; Deus é concreto, porque o amor é concreto”, realçou o Papa.

Francisco pediu às comunidades católicos que não silenciem nem procurem “domesticar” os jovens, que são “profecia e anúncio do Reino de Deus”.

“Querer domesticar a Palavra de Deus é tentação de todos os dias”, advertiu.

A missa foi concelebrada por 26 cardeais e 424 bispos; a primeira leitura foi proclamada por um jovem escuteiro, Pedro Luís Cabrita, do Patriarcado de Lisboa.

O coro de 301 elementos incluía cantores do Panamá, Nicarágua, Honduras, Costa Rica, Colômbia e Venezuela, acompanhados por 110 músicos, com idades entre os 15 e 35 anos, na sua maioria.

A missa concluiu-se com a entrega aos jovens de um terço em madeira de oliveira, produzido em Belém da Palestina, e uma oração pela paz no mundo.

Os algarvios na JMJ 2019 são no total 30 elementos, 28 inscritos através do Setor Diocesano da Pastoral Juvenil e dois diretamente pelo Caminho Neocatecumenal.

com Ecclesia