Em declarações à Agência Lusa, Manuela Neto, da comissão coordenadora do Movimento de Intervenção e Cidadania (MIC), que esteve na origem da candidatura de Manuel Alegre às presidenciais de 2006, disse que o encontro “é inequivocamente um apelo à sua recandidatura”.

“Existe um desejo colectivo de mudança, e Manuel Alegre reúne todas as condições para mudar Portugal”, frisou Manuela Neto, acrescentando que o militante socialista é a única pessoa “com ideias que extravasam os partidos políticos, desde a esquerda à direita”.

“A corrente de apoio tem aumentado significativamente em todo país, porque as pessoas acreditam que podem mudar o rumo do país, invertendo aquilo a que assistimos nos últimos quatro anos”, observou.

Segundo Manuela Neto, o jantar em Portimão, onde são esperados cerca de um milhar de apoiantes, pretende demonstrar o “afecto, e ao mesmo tempo apelar à recandidatura de Manuel Alegre” à Presidência da República.

Embora reconheça que a recandidatura é “uma decisão pessoal de Alegre”, aquele membro da comissão coordenadora do MIC, manifestou-se “com esperança” de que o militante socialista “avance para a corrida a Belém”.

Manuel Alegre que ainda não revelou se será ou não candidato à Presidência da República, tem participado em vários encontros promovidos pelo MIC, considerando que “este é o tempo de uma nova atitude” e de “novas responsabilidades sociais, éticas e políticas”, num “combate que vale a pena e que chama por nós”.

Em Dezembro, durante um encontro com apoiantes, no Entroncamento, Manuel Alegre disse que “a sociedade portuguesa está dividida e crispada”.

“A desconfiança e a descrença imperam. A maledicência, a suspeita e o insulto substituíram o debate de ideias e projectos”, frisou aquele militante socialista.