Na moção aprovada na noite de quinta-feira, aquele movimento afirma que a Via do Infante “é uma estrada indispensável para a vida do dia a dia da população algarvia”.
Os promotores da moção lembram ainda que “trabalhadores por conta de outrem e empresários têm que se deslocar entre concelhos na sua atividade normal” e que, “com os preços estabelecidos, não podem passar na Via do Infante, sendo a população obrigada a utilizar a demorada e sinistra EN125, que nunca será alternativa”.
Alegam também que a crise e o desemprego vão agravar-se no Algarve, nomeadamente no turismo.
“A população sente-se injustiçada, por lhe retirarem o direito a uma estrada que na maior parte foi paga com dinheiros comunitários”, lê-se no texto.
Entretanto, a Comissão de Utentes da Via do Infante congratulou-se hoje com a aprovação da moção para a suspensão de portagens na Via do Infante e apelou à sociedade civil algarvia para a constituição de uma “ampla plataforma de luta contra as portagens na região”.
A Comissão de Utentes anunciou que vai lançar, ainda este ano, uma petição pública, na Internet e em suporte papel, dirigida à Assembleia da República a pedir a abolição das portagens.
“A EN 125 transformou-se num autêntico e perigoso caos rodoviário, com longas filas de trânsito intermináveis a fazer lembrar os anos infernais dos finais do século XX”, sublinham os utentes.
Lembrando que “os utentes encontram-se desesperados, os empresários fazem contas à situação das suas empresas e os turistas começam a boicotar o Algarve”, a Comissão de Utentes alerta para que as “portagens na Via do Infante estão a matar o Algarve”.
Lusa