O provedor da Santa da Casa da Misericórdia de Vila do Bispo foi eleito presidente do Secretariado Regional de Faro da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) para o quadriénio 2020/2023.
A assembleia eleitoral, realizada no passado dia 25 de janeiro, em Albufeira, foi participada por 15 das 23 misericórdias algarvias e elegeu também para o secretariado regional da UMP Rui Ginjeira, secretário da mesa administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Monchique, como primeiro secretário e Júlio Pereira, provedor da Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel, como segundo secretário.
Na tomada de posse que se seguiu ao ato eleitoral, Armindo Vicente, que já fazia parte da anterior equipa do Secretariado Regional de Faro da UMP, agradeceu e manifestou a confiança nos restantes elementos da direção e prometeu trabalho em prol das misericórdias. “Tentarei estar sempre ao nível de 500 anos de história, da representatividade que a União exige. Estou aqui para trabalhar e para servir. Estarei sempre disponível. Terei sempre que vos apoiar e dar o melhor de mim em função das vossas necessidades. Nunca poderei esquecer que trabalho para as pessoas, para as servir”, começou por referir, pedindo também a ajuda daquelas instituições.
O novo presidente, que sucedeu no cargo a Patrícia Seromenho (que passou a integrar o Conselho Nacional da UMP), disse rever-se “completamente” no trabalho realizado no último quadriénio e explicou que apostará na “continuidade”. “A nossa união fez a diferença. A nossa representação perante a tutela foi bastante marcante pela sua competência, pela sua capacidade e eu vou tentar estar a esse nível”, afirmou, acrescentando haver “uma relação muito positiva” com a Segurança Social que “gostaria de continuar”.
Armindo Vicente considerou ainda os municípios “fundamentais” para no apoio às Misericórdias. “Cada valor investido nas Misericórdias tem um impacto muito maior na ação. Podemos ir muito além com pequenos apoios. É o dinheiro de todos os cidadãos, mas faremos questão de o aproveitar bem e dar valor e projetar esse apoio que nos é dado”, sustentou.
A presidente cessante também considerou que o Secretariado Regional conseguiu “fazer muito para as Misericórdias e para o setor social da região do Algarve”, realçando a “articulação estreita” com as demais entidades como a Diocese do Algarve ou a Segurança Social. “Esta equipa fantástica que foi eleita hoje é a continuidade do trabalho”, afirmou, acrescentando querer “continuar a trabalhar” em “prol das Misericórdias”.
Em mensagem que fez questão de enviar, a diretora do Centro Distrital de Faro da Segurança Social, Margarida Flores, manifestou a sua gratidão ao Secretariado Regional da UMP por ter sido “um verdadeiro parceiro”.
O bispo do Algarve deixou garantia do apoio da diocese. “Podeis recorrer à diocese e a mim naquilo que achardes conveniente. Podeis contar comigo naquilo que estiver ao meu alcance”, afirmou, lembrando “o bem que se semeia diariamente” na região através do trabalho daquelas instituições. “Quanto mais conheço as Misericórdias do Algarve mais aprecio o vosso serviço e mais respeito e mais consideração me merece”, acrescentou D. Manuel Quintas na cerimónia que contou também com a presença da
representante da Segurança Social, Celina Dias, e do presidente do Secretariado Regional de Beja da UMP, Francisco Canhão.
O presidente da Câmara de Albufeira também manifestou “o sentido de reconhecimento e gratidão pelo trabalho desenvolvido pelas Misericórdias”. “A sociedade tem que reconhecer e considerar que as Misericórdias desempenham um papel fundamental e, diria, imprescindível. Dificilmente se entende uma sociedade e uma comunidade sem estas instituições”, afirmou José Carlos Rolo, manifestando da parte da autarquia “o apoio possível e necessário que solicitarem”.
Após a leitura do auto de posse a que se seguiu o próprio ato de posse, Miguel Raimundo, em representação da UMP, desejou “um trabalho profícuo e proveitoso em prol das Misericórdias do Algarve”. “Estou certo de que vão conseguir aqui um trabalho benéfico para as Misericórdias do Algarve”, afirmou, considerando que hoje as Misericórdias “estão num momento de viragem” do qual resultam “dois conceitos”. “Um deles é a sustentabilidade, o outro é o envelhecimento”, concretizou, explicando que “as Misericórdias que tenham unicamente receitas provenientes do acordo de cooperação estão em situação muito difícil”.