As receitas do recital, em que o pianista interpretará os Estudos de Chopin, reverterão para ajudar a suportar os custos de transporte e reparação do instrumento, que foi dado como inutilizado há mais de quatro anos.

O piano de cauda – adquirido para a inauguração do teatro, em setembro de 2005 -, custou cerca de 85 mil euros e foi dado como irrecuperável depois de o sistema de deteção de incêndios do edifício ter disparado, inutilizando-o com a água pulverizada.

O piano de concerto Yamaha CF III – que, segundo o Teatro das Figuras, é um dos melhores do país – viria a ser tocado pela primeira vez quatro anos depois pelas mãos do pianista Ruben Alves, em setembro de 2009.

O instrumento ficou gravemente danificado na véspera de um recital de Bernardo Sassetti e o processo de reparação durou vários anos, na sequência de um litígio com a seguradora e devido ao elevado custo.

O pianista Artur Pizarro interessou-se pelo piano e assumiu a sua reparação numa casa da especialidade em Londres, que custou cerca de 10 mil euros, segundo disse à Lusa fonte do Teatro das Figuras.

Na quinta feira à noite, o piano volta a brilhar no palco do Teatro das Figuras pelas mãos de Artur Pizarro, num recital cuja entrada custa entre 10 e 12 euros, receitas que reverterão a favor da recuperação do piano.

Lusa