© Luís Forra/Lusa
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Os presidentes das câmaras de Faro e de Vila Real de Santo António pediram na terça-feira à Sociedade Polis Ria Formosa o agendamento “urgente” de uma assembleia geral para que sejam debatidas as intervenções na Ria Formosa.

“Tendo em consideração as múltiplas intervenções que estão a ser efetuadas ao nível da renaturalização na Ria Formosa, impõe-se fazer uma avaliação e um acompanhamento de todo o processo junto dos autarcas dos concelhos, cujos territórios fazem parte da área protegida”, referem os dois autarcas em comunicado.

Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, e Luís Gomes, presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, ambos do PSD, pretendem também, que seja feito “o balanço da execução e eficácia” do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Vilamoura/Vila Real de Santo António, dez anos depois da sua publicação.

“É o momento de fazer um balanço da execução e eficácia do POOC, tendo em consideração que o mesmo incide sobre núcleos populacionais e setores de atividade fundamentais para a economia do Algarve”, concluem os autarcas.

O processo de renaturalização da Ria Formosa prevê a demolição de um total de 800 construções ilegais nas ilhas-barreira, o que tem motivado diversos protestos das populações dos núcleos habitacionais.

Os trabalhos começaram em dezembro, no ilhote dos Ramalhetes e no ilhote de Cobra, e deverão prolongar-se até ao verão, segundo o calendário anunciado pela sociedade Polis.

O Programa Polis Litoral da Ria Formosa é o instrumento financeiro para a execução do POOC Vilamoura/Vila Real de Santo António, aprovado em 2005 e que deveria ter sido concluído em 2014, mas foi prolongado por mais um ano.