“Se os privados têm salas vazias porque não têm alunos, se calhar a solução, em vez de gastar mais dinheiro, é fazer acordos para usar estas infraestruturas, se estiverem disponíveis”, afirmou Paulo Neves á agência Lusa, á margem de uma visita a um centro infantil

Segundo o candidato socialista á Câmara de Faro, a área do pré-escolar é aquela onde existe mais procura e maior dificuldade no pagamento das mensalidades. Contudo, o número de vagas e salas disponíveis no regime público, em Faro, não é o suficiente para colmatar a procura

O socialista, que está a fazer uma ronda por algumas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho, disse á Lusa ter verificado que a maioria tem “graves problemas de tesouraria”, resultantes, em parte, do incumprimento dos contratos firmados com a autarquia

Segundo Paulo Neves, nos últimos quatro anos a Câmara de Faro (PSD) cortou em cerca de 3,5 milhões de euros as transferências para as IPSS e juntas de freguesia do concelho, o que fez com que algumas delas “perdessem os fundos comunitários que tinham”

O candidato aproveitou, ainda, para criticar os “cheques creche” e a implementação dos “cheques ensino”, prevista para o próximo ano letivo, por considerar que, na prática, diminuem os apoios diretos ás instituições, o que pode colocá-las numa situação financeira ainda mais delicada

Ao município de Faro concorrem, além de Paulo Neves, Rogério Bacalhau (PSD/CDS-PP/MPT/PPM), o independente José Vitorino, António Mendonça (CDU), Vítor Ruivo (BE) e Vítor Silva (PPV – Portugal Pró-Vida)

As eleições autárquicas realizam-se a 29 de setembro