Tanto socialistas como sociais-democratas não avançaram ainda com nomes para a corrida à câmara da capital algarvia, mas no caso do PS, o candidato deve ser anunciado até ao final de janeiro.

Já o PSD está a aguardar pela resposta do Tribunal Constitucional ao recurso interposto por Macário Correia, no caso da perda de mandato, para decidir se o atual presidente da autarquia se recandidata.

Sem mais protagonistas conhecidos para já, José Vitorino é o único a mostrar disponibilidade para uma possível candidatura, embora sublinhe que a mesma ainda não foi oficializada.

“Não houve nem está marcada uma declaração formal de candidatura, fui convidado pela Aliança Cívica e manifestei-me disponível”, disse à Lusa o putativo candidato.

Vitorino cumpriu um mandato em Faro pelo PSD entre 2001 e 2005, mas o partido retirou-lhe a confiança política e desde aí concorreu sempre como independente. Se avançar nestas eleições, será apoiado pela Aliança Cívica “Salvar Faro, com Coração”.

Já o candidato do PS à Câmara de Faro deverá ser anunciado até ao final do mês, disse à Lusa o presidente da concelhia do partido, Luís Graça, frisando que o processo está a decorrer internamente.

“O processo está a ser acompanhado pelo presidente da federação e pelo secretário-geral do PS e até ao final do mês estará concluído”, afirmou.

Por seu turno, o líder do PSD/Faro, Cristóvão Norte, não quis comentar o processo de preparação para as autárquicas.

O partido aguarda uma decisão judicial para se pronunciar, depois de Macário Correia ter sido condenado a perda de mandato pela violação de regulamentos de urbanismo e ordenamento do território, quando ainda era presidente em Tavira.

Em Faro, a tendência eleitoral é a de alternância de poder entre os dois maiores partidos, a cada quatro anos.

Nos últimos trinta anos apenas um candidato, João Botelheiro (PS), foi eleito duas vezes para a presidência da Câmara de Faro, mas apenas cumpriu metade do segundo mandato.

Desde 1976, passaram por Faro quatro presidentes socialistas (Joaquim Belchior, João Botelheiro, Luís Coelho e José Apolinário), três do PSD (João Negrão Belo, José Vitorino e Macário Correia) e dois eleitos pela Aliança Democrática (José Nobre e Manuel Silva).

Lusa