“Achamos que a organização da Câmara está desadequada aos novos tempos”, afirmou o candidato á agência Lusa, prometendo querer fazer da Câmara e do concelho de Faro “modelos” em Portugal, em termos da orgânica e dos serviços prestados, apostando na mobilidade e formação profissional dos funcionários

José Vitorino, que concorre como independente mas que já foi presidente da autarquia pelo PSD, falava á margem de uma visita que fez hoje á Câmara e ás empresas municipais de Faro

Segundo o candidato, a situação financeira atual da autarquia fez com que praticamente não existam obras municipais em curso, situação agravada pela quebra do investimento privado, o que faz com que, a seu ver, a orgânica da Câmara esteja desajustada da realidade

“Há imensos departamentos da Câmara que estão dependentes das obras municipais e particulares”, sublinhou, acrescentando que, durante o seu mandato, foram feitas 300 empreitadas municipais, o que nos dias de hoje seria praticamente impossível

Uma das propostas já anunciadas pelo candidato é a criação de uma agência para o investimento, emprego e formação profissional, que funcionaria com uma equipa composta por 20 a 25 funcionários da autarquia

José Vitorino prometeu ainda criar um conselho económico e social, com a participação de associações empresariais e sindicatos, e um conselho municipal de cidadania, composto apenas por elementos da sociedade civil

O candidato cumpriu um mandato em Faro pelo PSD entre 2001 e 2005 e é apoiado pela Aliança Cívica “Salvar Faro, com Coração”

Os seus adversários são Rogério Bacalhau (PSD/CDS-PP/MPT/PPM), Paulo Neves (PS), António Mendonça (CDU), Vítor Ruivo (BE) e Vítor Silva (PPV)