Num discurso de cerca de 30 minutos que Marques Mendes realizou na noite de quinta-feira em Faro, no âmbito do encerramento da campanha eleitoral da coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM, o ex-líder do PSD declarou que Faro deveria votar na “mesma linha de continuidade” e que não podia “entregar o poder a um jovenzinho”, referindo-se ao candidato do PS, Paulo Neves
Depois de alertar os farenses para não votarem num “novato” que iria precisar de dois anos de “estágios” para ganhar experiência e saber negociar os próximos fundos comunitários de 21 mil milhões de euros para os 308 municípios, Marques Mendes defendeu o candidato da coligação “Juntos por Faro”, Rogério Bacalhau, homem “com experiência e capacidade para aproveitar as oportunidades”
O social-democrata recordou que Faro pode ganhar no futuro, “em vez de estar a marcar passo”, se apostar na “linha de continuidade” votando num candidato que “não é político profissional”, mas que “é sério” e “homem de trabalho”
“Meus caros amigos, não troquem o certo, pelo incerto, não entrem em aventuras e em estágios, e sobretudo esqueçam a politiquice (…), neste momento em Faro aquele que tem a experiência, aquele que tem o conhecimento, aquele que está por dentro dos assuntos” é o candidato Rogério Bacalhau, declarou do púlpito Marques Mendes, lembrando que Faro praticamente de “eleição para eleição, ou de duas em duas eleições”, muda de presidente de Câmara
A mudança da cor política de quatro em quatro “tem um prelo e uma fatura”, avisou, afirmando que “nestas matérias é preciso alguma linha de continuidade”
“A mudança permanente faz com que as pessoas percam e que o concelho perca, em particular para outras terras e outros concelhos”
Marques Mendes recordou que Rogério bacalhau foi o vice-presidente da Câmara de Faro, liderada ao longo dos últimos anos pelo social-democrata Macário Correia e que fez um trabalho “importante”, sobretudo na área das finanças
“é um homem sério e a política precisa de gente séria. é um homem de trabalho e a política precisa de uma grande capacidade de trabalho, é um homem que não é um político no sentido tradicional, nunca andou a fazer política, a sua vida foi ser professor, a sua vida foi um trabalho de dedicação aos outros, mas não o foi a benesse política, o trampolim político”, defendeu Marques Mendes
Além de Rogério Bacalhau na corrida á presidência da autarquia de Faro com a coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM), está também o socialista Paulo Neves (PS), o independente José Vitorino, António Mendonça (CDU), Vítor Ruivo (BE) e Vítor Silva (PPV)