D. Manuel Quintas defende, por isso, a necessidade de se “voltar ao essencial, à luz da fé”.

O prelado, que falava, no sábado, nas XII Jornadas de Ação Sóciocaritativa, promovidas em Ferragudo pela Diocese do Algarve através da sua Caritas Diocesana, advogou aquela que disse ser a “teologia do pouco”. “Somos chamados a viver esta dimensão do pouco. Antes de olharmos àquilo que fazemos e ao quanto fazemos, temos de olhar à qualidade. E a qualidade, à luz desta teologia, é sempre pequenina”, sustentou, lembrando que apenas uma pitada de sal “tempera profundamente” ou que ma pequena quantidade de fermento é suficiente para levedar toda a massa.

Neste sentido, D. Manuel Quintas lembrou que a dimensão sóciocaritativa vive-se “por contágio”, “contagiando aqueles que, mesmo não vivendo a dimensão da fé, são sensíveis ao sofrimento dos outros”.

O bispo do Algarve voltou a discernir a diferença entre solidariedade e fraternidade. “O vosso gesto é muito mais do que solidário, é fraterno. E a fraternidade é muito mais profunda do que a solidariedade. Posso ser solidário com quem não conheço, mas sou fraterno com aquele que está ali ao meu lado”, sustentou, lembrando que “a fé que atua, exprime-se através da caridade”.

Samuel Mendonça