“Sabemos que o próximo ano não vai ser fácil para ninguém devido à situação em que nos encontramos, diante das dificuldades que estamos a atravessar como país. Estas dificuldades transformam-se para nós em apelo e urgência no sentido de darmos as mãos e caminharmos juntos”, afirmou D. Manuel Quintas, acrescentando que “se alguém ficar para trás, sabe que a mão do vizinho o vai amparar e ajudar a acertar o passo”.

“Se alguém tropeçar terá um braço de cada lado a segurá-lo, porque só unidos e irmanados é que é possível vencermos as dificuldades do caminho que atravessamos”, complementou, considerando que “temos de estar unidos para irmos ao encontro de quem mais precisa e de quem se retrai e não tem força para pedir ajuda”. “Que ninguém se feche a quem precisa e que quem precisa também não fique fechado em si mesmo”, pediu o prelado, apelando a que mobilizem as instituições em caso de não conseguirem ajudar por si mesmos. “Se fizermos assim, o Natal será todos os dias porque, através de nós, Jesus torna-se presente junto dos mais frágeis”, frisou.

O bispo do Algarve lembrou ainda que os cristãos devem “ser testemunhas da esperança e da alegria de quem tem Deus no coração e na sua vida, de quem encontra na fé aquilo de que precisa para ultrapassar as dificuldades e obstáculos de toda a ordem”. “A força da fé em Cristo ressuscitado é fonte de alegria e esperança”, sustentou. 

Samuel Mendonça