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O bispo do Algarve consagrou ontem à tarde em Loulé toda a diocese algarvia a Nossa Senhora da Piedade, popularmente evocada como Mãe Soberana, tendo presente, sobretudo, aqueles que são atingidos neste momento pelas consequências da pandemia do Covid-19.
No final da oração do rosário, a que presidiu na ermida do santuário da Mãe Soberana, D. Manuel Quintas confiou à bênção e proteção da “Santíssima Virgem da Piedade”, “nesta hora de tribulação e confinamento” e neste “tempo de provação”, as famílias, crianças, jovens, idosos e todos os que sofrem, bem como os que prestam cuidados da saúde e estão ao seu serviço.
Precisamente no dia em que se celebraria a Festa Grande da Mãe Soberana, que este ano não pôde realizar-se devido à situação gerada pelo novo coronavírus, o bispo do Algarve não quis deixar de estar, uma vez mais presente, em Loulé no santuário mariano.
Esse contexto invulgar foi precisamente evocado pelo pároco de Loulé na introdução do terço que assinalou a festa à Mãe Soberana. “Este ano, marcados pela pandemia do Covid-19, confinados a nossas casas, não pudemos levá-la, como gostaríamos, à cidade e conduzi-la, de novo com o coração em festa, à sua ermida, mas subimos nós ao seu santuário. Vimos pedir o auxílio necessário à Santíssima Senhora para que nos acolha em seu regaço e nos ampare, nos dê o seu bendito filho e nos fortaleça na fé, na esperança e na caridade. A ela trazemos as nossas vidas, as nossas famílias, as casas e o nosso povo. Todos os povos. Os que sofrem, os que vivem mais sós, os que se perderam no medo, abatidos pela tristeza, e os que morreram atingidos por este flagelo. A ela confiamos todos os servidores e cuidadores da saúde e da vida. A ela pedimos que nos alcance, nos céus, graça e misericórdia”, afirmou o padre Carlos de Aquino.
Também o bispo do Algarve considerou que os algarvios e, de maneira particular, as gentes de Loulé “sentem que algo lhes falta”. “Queremos com esta transmissão e com a recitação do terço em louvor de Nossa Senhora da Piedade ter-vos a todos presentes. Queremos ter presente cada um de vós, particularmente aqueles que se encontram doentes nos hospitais, aqueles que se encontram mais frágeis na sua fé, nas suas casas, aqueles que hoje, de maneira particular, sentiriam um aconchego para a sua vida, para estes dias de constrangimento a que esta situação nos obriga, se pudessem de viva voz, e sobretudo estando presentes neste lugar, exprimir aquilo que vos vai no coração e na alma diante da imagem de Nossa Senhora da Piedade”, afirmou, pedindo que ofereçam esse “sacrifício”, garantindo que ele certamente “reverterá em bênção, graças e dons” para as suas vidas.
D. Manuel Quintas renovou ainda o pedido do papa Francisco para que as famílias rezem o terço no mês de maio. “Que este conselho do papa encontre acolhimento no nosso coração, na nossa vida. Era tão bonito que a família se reunisse à volta de Maria, rezando em conjunto o terço em cada dia do mês de maio”, afirmou na celebração que foi transmitida em direto na página do Facebook das paróquias de Loulé.
Após terem anunciado que as festividades de Nossa Senhora da Piedade, popularmente evocada como Mãe Soberana, não se realizariam este ano devido à pandemia do novo coronavírus, as paróquias de Loulé apresentaram um programa espiritual que foi transmitido naquela rede social.
Covid-19: Festividades da Mãe Soberana não se realizam este ano