Diocese promoveu encontro com os participantes algarvios na Jornada Mundial da Juventude
O bispo do Algarve disse aos participantes algarvios na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Lisboa que a sua “grande preocupação” é que agora a diocese crie condições para a sua integração “positiva e enriquecedora” nas paróquias.
“A minha grande preocupação é que agora, como diocese, criemos as condições, com a vossa ajuda e apoio, para integrar os jovens nas nossas paróquias para que este movimento criado pela JMJ, seja aqui, seja em Lisboa, dê frutos. E os frutos é a vossa integração positiva e enriquecedora nas nossas comunidades paroquiais”, afirmou D. Manuel Quintas no encontro que teve lugar no passado dia 23 de setembro no complexo paroquial de São Pedro do Mar, em Quarteira, com a participação de cerca de 140 jovens e 40 animadores.
“Esperamos que, como fruto da JMJ, as nossas comunidades, convosco, se sintam mais jovens, mais rejuvenescidas, mais completas porque vós fazeis falta. E queremos todos que ocupeis o lugar que é vosso, ao qual vós tendes direito como batizados, assumindo também o dever de participar na vida da vossa comunidade”, prosseguiu.
O bispo diocesano reforçou que “os jovens fazem falta”. “Fazem falta nas famílias. Famílias onde não há crianças nem jovens, envelhecem mais depressa. E o mesmo acontece com as comunidades paroquiais e com a nossa Igreja diocesana. Cada um tem de sentir a comunidade paroquial como sua família (…) e de dar o seu contributo para que ela se rejuvenesça. O importante é que os jovens ocupem o lugar deles. Não é que as comunidades o concedam aos jovens. Não se trata de conceder nada. Os jovens têm direito àquele espaço e lugar que é seu”, prosseguiu.
D. Manuel Quintas manifestou a intenção de não se desperdiçar o impulso do encontro da juventude com o Papa. “Não queremos perder nada daquilo que constituiu para nós e para a nossa Igreja diocesana a celebração da Jornada Mundial da Juventude, seja aqui com os ‘Dias na Diocese’, seja depois em Lisboa com aquele milhão e meio de jovens que ali acorreu e com o Papa Francisco com toda a mensagem que nos deixou”, afirmou.
Aquele responsável católico considerou que a JMJ deu um “um novo fôlego”, após o período particularmente doloroso da denúncia dos abusos sexuais. “Apesar disso, Cristo continua a confiar em nós, frágeis, pecadores”, afirmou.
Logo no início do dia, o bispo do Algarve explicou que aquele encontro serviria para procurar reavivar “a riqueza e a beleza que constituiu” a celebração da JMJ. “Essa experiência tão gratificante é preciso reavivá-la, torná-la presente hoje, atuante na vossa vida e também na vida das vossas comunidades paroquiais. E este dia serve para isso. É como se Jesus viesse abanar o nosso coração – não apenas a mente – para reavivar em nós toda a experiência que vivemos durante aqueles dias”, afirmou.
Aos animadores, o bispo diocesano, citando o Papa, disse ser preciso “não meter a JMJ no baú das recordações” e exortou-os a serem “pessoas em quem os jovens confiam”. “É preciso uma grande capacidade de tolerância, de compreensão, de acompanhamento, de apoio para estar com os jovens, para que os jovens não se sintam sozinhos. Exige animadores com grande carga interior, com grande capacidade de escuta. O segredo de fazer com que estes jovens se mantenham firmes e vejam no grupo e na comunidade algo que faz parte da sua vida passa por aí. O grande desafio que vos faço como animadores de jovens é este. De certa maneira, o segredo passa também por vós”, afirmou.
O bispo do Algarve presidiu ainda a um momento de adoração eucarística com os animadores durante a manhã, que serviu também para refletir sobre o que Deus espera agora deles, e à celebração da Eucaristia que encerrou o encontro. Na Missa, D. Manuel Quintas pediu aos presentes que contagiassem todos os outros que não puderam estar presentes e agradeceu ao Comité Organizador Diocesano (COD) da JMJ, aos voluntários, particularmente nos ‘Dias na Diocese’, às famílias de acolhimento, ao grupo coral Interparoquial e a todos os jovens.
O dia foi ainda de várias dinâmicas. Os jovens, divididos por grupos, escreveram a um sacerdote da diocese o que esperam para que ele seja mais próximo deles. Com recurso a uma aplicação online indicaram o que esperam da diocese e o que é que podem dar-lhe, bem como às suas paróquias. Indicaram ainda, relativamente à JMJ, qual o “melhor momento”, o “maior desafio”, “o que mais surpreendeu”, a expressão que mais os tocou, o que mudaram em si mesmos, com os outros e com Deus. Estas perguntas também foram respondidas pelo bispo do Algarve.
De tarde houve ainda espaço para jogos e desafios e para a apresentação aos animadores do plano de atividades do Setor da Pastoral Juvenil da Diocese do Algarve que terá como objetivos a “renovação de estruturas”, a “formação de animadores” e a “fomentação da liderança juvenil” e a “missão de levar a proposta de vida de Jesus”. O novo coordenador daquele organismo agradeceu em nome da Pastoral Juvenil e do COD. “A JMJ não se fazia sem vocês. Nós tivemos o trabalho mais fácil que foi abrir inscrições, motivar, fazer catequeses, mas quem viveu a semana lá com os jovens como vocês viveram foi, certamente, um desafio muito grande”, afirmou João Costa.
Antes da Eucaristia houve ainda tempo para a evocação de um momento festivo da JMJ com realização de um ‘flashmob’.
