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© Samuel Mendonça

O bispo do Algarve aludiu esta tarde à “paixão” que todos os cristãos devem ter pela eucaristia, explicando que esta é a “fonte de amor, de vida e de alegria” e o “cume” da sua vida pessoal e da vida eclesial.

D. Manuel Quintas falava no encerramento da procissão com o Santíssimo Sacramento que se realizou esta tarde, em Faro, da igreja de São Luís para a igreja de São Pedro, no dia em que a Igreja celebrou a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, popularmente conhecida como Corpo de Deus.

“Assim como nós precisamos do pão de cada dia para o nosso corpo, também precisamos de Jesus na eucaristia para a nossa alma, para nos fortalecer na fé”, complementou o prelado.

“Jesus surpreendeu-nos a todos ao querer permanecer para sempre connosco”, afirmou D. Manuel Quintas, lembrando que Cristo escolheu o pão e o vinho para ficar para sempre com a humanidade para ser “presença plena, verdadeira, real e substancial dele próprio”. “Por isso dizemos que a eucaristia é o dom por excelência, é o dom dos dons. Jesus dá-se a Ele mesmo, não nos dá coisas”, sustentou, lembrando que os cristãos, enquanto discípulos de Jesus, não podem viver sem a eucaristia. “A Igreja deixa de ser Igreja de Cristo sem a eucaristia. É a eucaristia que opera em nós a comunhão, a unidade e faz de nós um só povo e uma só família, que faz muito mais de nós corpo de Jesus”, acrescentou.

A terminar, numa altura em que começa a época de férias para a maioria dos portugueses, o bispo do Algarve advertiu que “não há férias para a eucaristia”.

O cortejo litúrgico foi precedido por uma tarde de adoração eucarística orientada pelas três paróquias da cidade de Faro e pelo Seminário de São José, por meia hora de oração preparada para as crianças das catequeses paroquiais, particularmente as que fizeram nos últimos dias a primeira comunhão, e ainda pela oração de vésperas presidida pelo bispo diocesano.

O ano passado, o Corpo de Deus, que se celebrava na segunda quinta-feira a seguir ao domingo de Pentecostes (60 dias após a Páscoa), passou a ser celebrado no domingo na sequência da decisão do Governo de suspender aquele feriado religioso durante cinco anos, até 2017, com o objetivo de aumentar os esforços para superar a crise económica e financeira que o país atravessa.