Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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A Igreja Católica algarvia concluiu ontem à noite a cadeia de oração permanente ao Santíssimo Sacramento (lausperene), iniciada no passado dia 4 deste mês para pedir a Deus vocações de consagração, tanto no sacerdócio como na vida religiosa ou nos institutos seculares.

A iniciativa, que se realiza anualmente desde 2004, é promovida pela equipa formadora do Seminário de Faro e, ininterruptamente, durante 15 dias, dia e noite, percorre todas as paróquias da diocese algarvia, sendo assegurada também pelas congregações, grupos e movimentos católicos.

Na eucaristia de encerramento que ontem teve lugar na igreja da Mexilhoeira Grande, presidida pelo bispo do Algarve, D. Manuel Quintas lembrou que a iniciativa tem também o “objetivo de envolver e responsabilizar todos” na “realização da missão” do Seminário, “traduzida esta responsabilização no dever da oração, da promoção e apoio das vocações ao sacerdócio e da partilha material” com a instituição.

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“Esta responsabilização comum será tanto mais consciente, quando melhor nos apercebermos da nossa realidade diocesana no que diz respeito, quer aos seminaristas, quer ao clero, e, sobretudo, quanto melhor conhecermos, valorizarmos e apreciarmos a missão específica e imprescindível do sacerdote na Igreja”, complementou o prelado na celebração que incluiu a instituição no ministério dos acólitos de um seminarista rumo ao sacerdócio e de quatro leigos casados candidatos ao diaconado permanente.

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“Damos graças a Deus pelos nossos seminaristas, pelos nossos sacerdotes, pelos nossos diáconos permanentes que se entregam generosamente ao serviço da nossa Igreja diocesana”, prosseguiu o bispo do Algarve, exortando à confiança no futuro. “Se por um lado, o número reduzido de sacerdotes e a sua idade avançada podem causar alguma apreensão face ao futuro e às exigências pastorais da diocese, por outro esta realidade deve levar-nos a confiar no Senhor da messe. Foi ele que nos pediu para rezarmos”, afirmou, explicando que a oração vocacional “é para fazer durante o ano todo” e “não é só durante o lausperene”.

“Aquele que é o fundamento da vitalidade e perenidade da Igreja, que é razão da nossa esperança e do nosso empenho na causa das vocações, estamos certos que atenderá a nossa oração”, sustentou, considerando que a “resposta de Deus” a essa oração tem sido dada com os seminaristas algarvios que estão nos Seminários em Faro e em Évora, bem como com os que ontem foram instituídos acólitos.

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D. Manuel Quintas considerou ainda importante que os jovens se interroguem sobre a vocação ao sacerdócio: “será que eu não podia servir esta minha família, à qual pertenço pelo batismo, seguindo também esta vocação? Será que Deus não chama a mim, chama só outros?”. “Este tempo de adoração eucarística, e esta eucaristia inclusivamente, serve também para isto”, completou, dirigindo-se aos muitos escuteiros presentes – que já têm “a tendência tão explícita e natural para o serviço aos outros, para o altruísmo, para a doação e entrega gratuita, de tantas maneiras e de tantos modos” – que também o caminho da vida sacerdotal se tece da mesma maneira e do mesmo modo.

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Instituições no ministério de acólitos