
A Igreja Católica celebrou no passado domingo o 26.º Dia Mundial do Doente e o bispo do Algarve, em visita ao hospital de Faro, pediu aos cristãos que vivam a “maternidade” da Igreja, particularmente, junto daqueles que mais sofrem.

D. Manuel Quintas, que presidiu à celebração da eucaristia na capela daquela unidade hospitalar, lembrou que “a Igreja é chamada a seguir Maria também na sua maternidade”. “Por isso, dizemos que a Igreja também deve ser mãe. A Igreja somos nós. E, por isso, quando estamos à cabeceira de alguém que sofre temos de nos sentir mães”, sustentou, lembrando que os cristãos são “chamados a ter gestos maternos para com os outros” e “não apenas fraternos”. “A partir de Cristo, fraternos. Mas a partir de Maria, maternos”, complementou, explicando tratar-se da “vocação materna de Maria que passa para a Igreja também como a mãe”.

“Nós não temos o dom de curar, mas temos o dom de cuidar”, destacou o prelado, apelando à necessidade de “acolher, apoiar, compreender, discernir, fazer caminho e integrar” para “que ninguém se sinta fora, nem à margem, independentemente da fragilidade física em que se encontrar”. “Isso é nossa vocação, não é apenas dos capelães ou dos voluntários”, observou na eucaristia com os dois capelães do Serviço de Assistência Espiritual e Religiosa (SAER) do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, o padre Luís Gonzaga Nunes e o diácono Rogério Egídio.

“Este dia serve exatamente para nos ajudar a crescer nessa sensibilidade de nos fazermos próximos de quem sofre”, prosseguiu o bispo diocesano na missa participada também pela enfermeira diretora daquele hospital, Filomena Martins, em representação do conselho de administração, e por vários médicos e voluntários.

O bispo diocesano, que lembrou a mensagem do papa para aquele dia, frisou a importância da “dimensão humana do amor, do afeto e da proximidade”.

No final da celebração, na qual 15 pessoas pediram para receber o sacramento da santa unção, o diácono Rogério Egídio anunciou o “desejo” de criar este ano uma associação dos enfermeiros católicos à semelhança do que já existe com os médicos e um “corpo de cooperadoras da capelania”. “É um desejo antigo que neste ano nos foi também proposto pela administração”, acrescentou.

Depois da eucaristia o bispo do Algarve, acompanhado dos capelães e da enfermeira diretora daquela unidade, visitou uma utente que sofreu um acidente de viação.

A celebração do Dia Mundial do Doente decorre anualmente a 11 de fevereiro, data em que a Igreja Católica celebra a festa litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes, por decisão de João Paulo II.