O bispo do Algarve lembrou ontem, na eucaristia a que presidiu no hospital de Faro, que a pessoa nunca perde a sua dignidade, independentemente da situação em que se encontre.

No dia em que a Igreja Católica celebrou o Dia Mundial do Doente, D. Manuel Quintas referiu-se de maneira particular à mensagem do papa para a efeméride, destacando que Francisco sugere a referência ao doente sempre como pessoa. “Aconselha a não dizer só doentes, mas pessoas doentes para salientar a dignidade, porque nunca a perdemos”, precisou o prelado na celebração inserida na visita pastoral que está a realizar às paróquias da cidade de Faro e do Montenegro.

Na eucaristia, que também teve como intenção a “oração pelos doentes e por aqueles que já faleceram”, o bispo diocesano desafiou os presentes a “olhar para as fragilidades da vida de outra maneira e de outro modo”. “Não como castigo, não como uma fatalidade, mas como algo que faz parte da nossa natureza humana”, concretizou na celebração que decorreu na capela da unidade hospitalar com a presença de vários doentes e de familiares dos falecidos nas últimas semanas.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

À importância da oração pelos doentes, o bispo diocesano juntou a dos gestos que possam minimizar o seu sofrimento. “Pacifica-nos tanto a oração que dirigimos a Deus, como um gesto que temos, solidário e fraterno, com os outros, quando o fazemos com desprendimento, sobretudo com aqueles que sofrem”, afirmou.

D. Manuel Quintas lembrou ainda que o entendimento cristão do sofrimento e da morte se centra em Jesus. “A sua ressurreição dá um sentido novo à nossa vida, inclusivamente à doença e ao sofrimento. Acreditamos que a morte é uma passagem, que a morte não é o fim, que a vida não acaba, apenas se transforma. E é esta fé, que brota da ressurreição de Jesus, que dá sentido e ilumina esta vida”, concluiu.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O bispo do Algarve administrou ainda o sacramento da santa unção a seis pessoas na celebração concelebrada pelo cónego Joaquim Nunes e pelos padres Luís Gonzaga Nunes, do Serviço de Assistência Espiritual e Religiosa (SAER) do hospital de Faro, Rui Barros Guerreiro, pároco das paróquias de São Luís e da Sé de Faro, e Vasco Figueirinha, que contou também com a presença do diácono Rogério Egídio, também do SAER.

Depois da celebração, D. Manuel Quintas visitou vários doentes internados naquela unidade de saúde.