Visita_pastoral_conceicao_faro_pechao (14)
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O bispo do Algarve realizou de 8 a 15 deste mês a primeira visita pastoral deste ano 2018/2019 das cinco que tem previstas realizar a nove paróquias e aos três estabelecimentos prisionais da região.

D. Manuel Quintas encetou o programa de visitas pastorais com a que terminou no passado sábado às paróquias da Conceição de Faro e Pechão.

Na eucaristia de encerramento, que teve lugar da igreja da Conceição de Faro, o prelado considerou que os encontros que teve ao longo da semana foram para ele próprio “palavra do Senhor” e “sinais da presença e da ação de Deus”. “Dou graças a Deus por vós terdes sido palavra, mensagem, presença de Deus para mim ao longo desta semana”, afirmou.

D. Manuel Quintas acrescentou ainda que “uma visita pastoral é sempre um tempo de graça e de dom para o bispo”. “Penso que também para vós porque a presença do bispo, seja eu ou outro, é sempre um apelo a alargar um bocadinho os horizontes e a vermos que, para além desta família que nós constituímos, eu convosco e vós comigo, há toda a diocese. Ajuda-nos a alargar os horizontes da nossa fé e da nossa pertença a esta Igreja que constituímos”, sustentou.

Visita_pastoral_conceicao_faro_pechao (13)Já na eucaristia de abertura da visita, o D. Manuel Quintas tinha dito que “a visita pastoral é sempre um dos momentos mais gratificantes da vida de um bispo”. “As semanas que dedico a uma visita pastoral é o tempo que vivo mais intensamente porque tenho oportunidade de conhecer melhor a nossa diocese. E, conhecendo melhor, necessariamente que sentimos mais estímulo para amar mais, para rezar mais, pelas comunidades, pelas pessoas”, afirmou, sublinhando a necessidade de “conhecer os seus projetos, os seus sonhos, as suas dificuldades, os seus anseios”, de se aperceber também da “realidade humana, social, cultural”. “Esta proximidade e este deixar-se interpelar e enriquecer por aqueles que constituem a comunidade é das coisas mais gratificantes”, complementou.

Na conclusão, o bispo diocesano disse ter sido “muito bom” aperceber-se dos diversos movimentos e serviços, “todos eles importantes”, como o Caminho Neocatecumenal, “muito expressivo” naquela paróquia, “com um com um apreço muito grande à vivência da fé e à descoberta sempre maior do batismo e do significa ser discípulo de Jesus”.

D. Manuel Quintas destacou ainda “espírito de família” que disse existir entre os paroquianos e o pároco, considerando que “a Igreja do Algarve deve ser vivida desta maneira e deste modo com o esforço, contributo e serviço de cada um”. “Foi muito bom perceber como esse espírito é espontâneo. Faz bem a mim, como bispo, e a vós também que observe esse espírito de família com a marca do que é o carisma franciscano”, observou, garantindo que “toda a diocese está grata” à comunidade franciscana pela sua presença e trabalho no Algarve.

O prelado lembrou ainda ser obrigatório um bispo fazer visitas pastorais. “Dentro dos deveres que tem o bispo, faz parte da própria missão do bispo este também. É obrigação do bispo visitar com calma, sem pressa. Durante oito dias deve limitar ao máximo outras atividades na diocese para se dedicar totalmente àquela paróquia”, explicou.

Na abertura daquela iniciativa, o pároco tinha explicado que a comunidade da Conceição de Faro, “logo no seu início, no século XV, começou por ser um curato do bispo”. “Dependia diretamente do senhor bispo antes de ser paróquia, que tinha sempre um olhar muito particular por esta porção de gente que vivia aqui, na Conceição de Faro. Isto foi-se desenvolvendo, foi crescendo, dando lugar a uma freguesia, que felizmente, em 1838, apesar de ter sido decretado que ia ser extinta, não foi. E aqui estamos, realmente uma porção do povo de Deus que celebra a sua fé e que, junto do senhor bispo, quer manifestar a sua união, a sua oração”, afirmou o frei Paulo Ferreira.

Visita_pastoral_conceicao_faro_pechao (23)
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

No encerramento, o sacerdote, que agradeceu a visita, expressou a unidade daquelas paróquias com o bispo diocesano e a vontade de se manterem ao serviço, “escutando os seus ensinamentos e também respondendo com positividade aos desafios” que ele lança.

Ao longo da semana, o D. Manuel Quintas encontrou-se com os Conselhos Pastorais das duas paróquias. Visitou ainda o Jardim de Infância “A Luzinha” e o Lar da Terceira Idade e o Jardim de Infância da Torre de Natal, as Juntas de Freguesia e a Casa do Povo da Conceição de Faro e reuniu-se ainda com as comunidades do Caminho Neocatecumenal da Conceição de Faro, com as comissões fabriqueiras de ambas as paróquias e com os vários responsáveis dos serviços litúrgicos (ministros extraordinários da comunhão, leitores, membros do coro, acólitos, catequistas), com os responsáveis do Agrupamento 1201 da Conceição de Faro do Corpo Nacional de Escutas, do Renovamento Carismático Católico, do Caminho Neocatecumenal, do Movimento da Mensagem de Fátima, do serviço sócio-caritativo e do Movimento dos Cursos de Cristandade. O bispo do Algarve encontrou-se ainda com pais, crianças, adolescentes da catequese, com os acólitos e os escuteiros.

D. Manuel Quintas tinha previsto visitar os três estabelecimentos prisionais no Algarve ainda este mês, mas a visita foi adiada para data a agendar devido à greve dos guardas prisionais.

Ao longo deste ano pastoral de 2018/2019, o bispo diocesano visitará também as paróquias de Raposeira, Sagres e Vila do Bispo de 20 a 27 de janeiro de 2019, as paróquias de Estoi e Santa Bárbara de Nexe de 17 a 24 de fevereiro e as paróquias de Fuseta e Moncarapacho de 24 a 31 de março.

Fotogaleria