Foto © Luís Forra/Lusa

A Associação de Caçadores e Pescadores do concelho de Albufeira recebeu ontem dois ‘kits’ de primeira intervenção em incêndios florestais, constituídos por extintores de pó químico, uma motobomba automática portátil, mangueira e duas agulhetas de caudal regulável e um reservatório em plástico reforçado com capacidade para 1.000 e 600 litros de água, respetivamente.

O comandante distrital da Proteção Civil de Faro disse à agência Lusa tratar-se de “material de fácil manuseamento e que pode ser fulcral no combate a pequenos focos de incêndio, evitando que se transformem em grandes fogos”.

Vítor Vaz Pinto defendeu que as associações de caçadores do Algarve “têm cada vez mais um papel fulcral” na deteção e na primeira intervenção no combate aos incêndios florestais. “São pessoas que conhecem e andam no terreno e, por isso, desempenham um papel fundamental na vigilância, redução dos riscos de ignição e de progressão de incêndios”, afirmou.

Os equipamentos agora entregues, instalados em dois veículos ligeiros de mercadorias, foram adquiridos pela Câmara de Albufeira e oferecidos à associação de caçadores local, num investimento de cerca de seis mil euros.

Para o presidente da Câmara de Albufeira, João Carlos Rolo, “o investimento é insignificante, dada a importância que tem para a primeira intervenção no combate aos fogos em zonas florestais”.

“Enquanto se deslocam pelas zonas florestais a alimentar as espécies cinegéticas, os caçadores desempenham um papel de extrema importância enquanto vigilantes da natureza, contribuindo para evitar grandes fogos na floresta”, sublinhou o autarca.

Por seu turno, o presidente da Associação de Caçadores e Pescadores de Albufeira, João Arez, indicou que os equipamentos “são extremamente úteis na fase inicial e também no rescaldo dos fogos, para a qual os caçadores estão motivados, no sentido de preservar a floresta”.

“Temos um funcionário a tempo inteiro que se desloca pelos terrenos para alimentar os animais e que com este material fica equipado para intervir e evitar que os pequenos fogos se transformem em grandes incêndios”, destacou.

Segundo o responsável, a associação de caçadores cobre “uma vasta área de cerca de dez mil hectares, que fica agora mais protegida”.

“Este material permite que tenhamos água com pressão, o que não acontecia anteriormente, para podermos atacar os pequenos focos de incêndios durante a época crítica dos incêndios”, concluiu.

com Lusa