Heliporto_louleA Câmara Municipal de Loulé anunciou a recusa a um pedido de utilização do heliporto municipal para apoio à atividade de prospeção de gás e petróleo de um navio plataforma estacionado ao largo da costa algarvia.

“É uma falta de bom senso dirigir-se ao município de Loulé com um pedido dessa natureza, quando o município, por mais de uma vez, já manifestou publicamente qual era a sua posição relativamente a esta problemática atual do Algarve”, disse Vítor Aleixo à Agência Lusa.

O pedido foi recebido pela autarquia a 25 de maio, tendo origem numa empresa de helicópteros que usa o Aeroporto Internacional de Faro para funcionar e que foi contratada pelas empresas de prospeção de hidrocarbonetos no Algarve.

“Queriam usar as instalações heliportuárias de Loulé (…) para atividades noturnas, quando o Aeroporto [de Faro] está encerrado”, observou o presidente da Câmara Municipal de Loulé.

O pedido de autorização de estacionamento e operação de helicóptero de evacuação médica e apoio a um navio plataforma estacionado ao largo da costa algarvia era para um período mínimo de 45 dias, com possibilidade de prolongamento até 90 dias, que arrancaria entre os meses de setembro e outubro.

Em comunicado, aquela autarquia sublinha que o indeferimento está em sintonia com a decisão unânime do Conselho Regional do Algarve de 19 de maio para a “total oposição à prospeção e exploração de gás e petróleo no Algarve, em terra ou no mar”.

Aquelas atividades, autorizadas pelo Estado português, e com início previsto para outubro de 2016, têm vindo a merecer cada vez maior contestação por parte de vários autarcas, de associações e de movimentos cívicos do distrito de Faro, que vincam tratar-se de ações lesivas para os interesses da região e dos seus habitantes.