Em declarações à Agência Lusa, o presidente da autarquia, Macário Correia (PSD), explicou que o encerramento da passagem de nível “está previsto em protocolos celebrados entre a Câmara e a REFER”, empresa que faz a gestão da linha ferroviária nacional, que “tem uma equipa técnica só para estudar com as autarquias do país estas matérias e uma dotação orçamental anual para as obras” alternativas.

“Os protocolos preveem a divisão de custos na criação de alternativas a estas passagens de nível e reduzir os fatores de risco. Em Faro, na zona nascente, já foi criado o viaduto de acesso ao porto, que permitiu encerrar a passagem da Horta da Areia, num sentido, e do Chalé das Canas nos dois sentidos e desde meados da década 1990 há reuniões entre a câmara e REFER para encontrar soluções para as outras passagens”, acrescentou.

Macário Correia recordou que as passagens de nível são “fatores de insegurança que causam vários acidentes por ano” e sublinhou que, “com a eletrificação da linha Faro-Tunes-Lisboa, a velocidade dos comboios é maior e é preciso encontrar soluções que permitam o seu encerramento”.

O autarca apontou como exemplos de perigosidade as passagens de nível das Portas do Mar, que “é utilizada por todas as pessoas que têm que aceder aos barcos que fazem o transporte para as Ilhas” da Ria Formosa, a que está junto ao Teatro Municipal, a dos Salgados ou a do Moinho da Palmeira, que estão a ser alvo de estudos, com a REFER, para permitir no futuro o seu encerramento.

Relativamente ao encerramento da passagem de nível do Biogal, Macário Correia disse que “a câmara e a REFER já realizaram obras na Rua Rocheta Cassiano para criar alternativas, mas reconheceu que “estão ainda em análise e em estudo outros acessos que permitam reduzir o impacto do encerramento da passagem de nível junto das populações”.

“A REFER tem pressionado as câmaras para fecharem as passagens de nível, que são fatores de insegurança, mas as populações e as empresas dessas zonas têm conveniências de circulação que têm que ser primeiro acauteladas”, afirmou.

Num comunicado, a autarquia adiantou que “será feita nos próximos dias uma saída da Rocheta Cassiano para sul, facilitando a circulação”, vai ainda “ser alargada a Rua Abel Viana, com a demolição já feita de uma casa que impedia a fluidez neste local” e “está ainda em aprovação final um projeto com uma nova variante a Gambelas, que facilitará o escoamento desta localidade para a estrada nacional 125”.

Lusa