“Faço-o, não por razões de calculismo pessoal, numa altura em que as notícias apontam para uma eventual desintegração do futebol profissional do Portimonense. Pelo contrário, acho que o clube vai encontrar uma solução diretiva credível e acredito que vai regressar à Liga muito rapidamente”, disse o técnico numa carta aberta divulgada pela sua assessoria de imprensa.
Em carta aberta, o treinador, segundo o qual a sua decisão se deve a razões “pessoais e de convicção”, reconhece que não foi atingido “o objetivo da permanência”, mas defende que tal seria conseguido “se o campeonato tivesse durado mais três ou quatro semanas”, considerando que o trabalho realizado “reabilitou” a sua imagem e da equipa.
“Fecha-se, portanto, um ciclo. Mas seria de uma ingratidão enorme da minha parte fechá-lo sem reconhecer a importância de algumas pessoas, durante este curto mas estimulante percurso de meia época”, disse.
Neste capítulo, Carlos Azenha destacou o presidente Fernando Rocha, que apostou em alguém “com imagem negativa criada intencionalmente por alguma imprensa”.
Carlos Azenha elogiou ainda os seus futebolistas, considerando que “dificilmente” voltará a encontrar na sua carreira “um plantel tão unido, tão solidário e com tanto carácter por metro quadrado”.
Lusa