“[A decisão do TAS] representa a não presença do melhor corredor a nível mundial. No ano passado, tivemos a surpresa dele estar presente na Volta ao Algarve, este ano temos a surpresa dele não vir. Este ano é por motivos que não agradam a ninguém, mas a vida continua e temos um pelotão importantíssimo”, disse à Agência Lusa Rogério Teixeira.

Vencedor da “Algarvia” em 2009 e 2010, Alberto Contador era o cabeça-de-cartaz da edição deste ano, que se disputa entre 15 e 19 de fevereiro.

“É evidente que se correm uma série de corridas ao mesmo tempo, pelo menos três ao mesmo nível, e o Contador só estava presente aqui”, reconheceu o organizador da prova, que, apesar da ausência do ciclista da Saxo Bank, está confiante numa Volta ao Algarve “bastante mediática”.

Agora, à prova portuguesa resta “caminhar em frente”. “Não há outra solução. Gostaríamos que estivesse e agora que tinha dois corredores portugueses na equipa também seria importante. Mas a vida vai continuar e espero que isso não tenha impacto na Volta ao Algarve”.

Para o ano, Rogério Teixeira não exclui a hipótese de voltar a convidar Contador, uma vez que o madrileno é um corredor que gosta da corrida algarvia e que é apreciado pela organização.

Recusando-se a comentar o impacto que a condenação de Contador pode ter no ciclismo, o diretor da Algarvia aponta como “único problema” os longos 565 dias que tardou o desfecho do caso.

“Devia ter sido resolvido de forma mais célere. Porque numa altura se dizia que sim, outras que não”, concluiu.

Lusa