O dirigente centrista considerou “uma falta de bom senso de todo o tamanho” o desafio do presidente do PS/Faro à coligação PSD/CDS-PP para que avalie se ainda tem condições para se manter à frente da Câmara de Faro depois de o Supremo Tribunal Administrativo (STA) ter determinado a perda do atual mandato de Macário Correia.
“Isto resume-se a uma excitação pré-eleitoral da parte do Partido Socialista, que em nada dignifica a atividade política e eles deviam esperar pela decisão e que o processo corresse os seus trâmites normais”, disse Francisco Paulino.
Salientou que, por parte do CDS-PP, enquanto não houver decisão transitada em julgado, “todos são consideradas pessoas de bem”.
“É extemporânea qualquer atitude que o PS [nos] queira empurrar para tomar”, frisou.
Além de presidente do CDS-PP no Algarve, Francisco Paulino é presidente do conselho de administração do Teatro Municipal de Faro, empresa municipal do concelho da capital algarvia.
Na terça-feira à noite, o presidente da concelhia de Faro do PS, Luís Graça, referiu-se a Macário Correia como “um mito que ruiu” e desafiou a coligação PSD/CDS-PP a avaliar se há condições para se manter à frente da Câmara Municipal de Faro.
Em acórdão datado de 20 de junho, o STA concedeu provimento a um recurso do Ministério Público e revogou "o acórdão recorrido do Tribunal Central Administrativo do Sul e a sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé", julgando a ação procedente e declarando "a perda do atual mandato" de Macário Correia.
Nas autárquicas de 12 de outubro de 2009, Macário Correia (PSD) e a coligação de direita "Faro está Primeiro" ganharam a maioria absoluta na Câmara de Faro, apenas com 130 votos de vantagem sobre o seu opositor socialista, José Apolinário.