A Junta Regional do Algarve do Corpo Nacional de Escutas (CNE) está a promover desde terça-feira, 02 de julho, uma atividade regional nova para as duas primeiras secções daquele movimento.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

A iniciativa para Lobitos (escutas entre os 6 e os 10 anos de idade, pertencentes à Iª secção do CNE) e Exploradores e Moços (escuteiros dos 10 aos 14 anos, respetivamente dos ramos terrestre e marítimo, pertencentes à IIª secção do CNE) consiste num acampamento no Campo Escutista de Tavira, situado no perímetro florestal da Mata Nacional da Conceição de Tavira, mais conhecida como Mata de Santa Rita.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

A atividade, promovida através dos Departamentos Regionais Pedagógicos da Iª e da IIª Secções em colaboração com o Agrupamento 100 – Tavira, visou colmatar uma lacuna que existia naqueles setores e que era a inexistência de outros encontros regionais para além dos celebrativos das próprias secções: ‘Dia do Lobito’ e ‘Dia da IIª Secção’. “Aquando da definição do plano de ação, entendemos que era importante termos também um marco para as Iª e IIª secções, tal como tínhamos o ‘PIOMAREG’ para a IIIª secção e o ‘Rover’ para a IVª secção”, explicou ao Folha do Domingo o chefe regional do Algarve do CNE, João Ramalho.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Assim, a atividade denominada ‘CEARA’, que amanhã termina, teve como desafio procurar desligar os jovens escuteiros do uso excessivo de equipamentos eletrónicos. “A ideia é tentar que eles, pelo menos esta semana, consigam viver sem dispositivos eletrónicos e sem estar ligados à internet”, explicaram ao Folha do Domingo os chefes Vânia dos Santos e Jorge Piteira, respetivamente responsáveis dos Departamentos Regionais da Iª e da IIª secções.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

A atividade está a ser participada por 177 Lobitos e 191 Exploradores e Moços, acompanhados por 65 adultos, incluindo dirigentes (que na maioria dos casos tiraram férias laborais) e Caminheiros e Companheiros, (escuteiros dos 18 aos 22 anos, respetivamente dos ramos terrestre e marítimo, pertencentes à IVª secção do CNE).

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O encontro tem como imaginário a história de dois irmãos que – embora próximos fisicamente, mas indiferentes um ao outro – jogavam ambos online nos seus telemóveis quando ficaram sem internet. O percalço motivou-os a partirem à descoberta do sótão do avô que guardava os seus passatempos infantis do tempo em que não havia ainda divertimentos eletrónicos. Ali encontraram um empoeirado livro, intitulado “Vive com o coração”, que guardava uma história sobre planetas fantásticos, onde os seus habitantes trabalhavam todos para o bem comum, cada um com uma função e em que cada tarefa era feita com o coração, criando conjuntamente energia suficiente para que tudo funcionasse da melhor forma, havendo alegria, aventuras, companheirismo, amizade, espírito de equipa e muita harmonia.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Ao ler a história, de repente foram transportados para dentro dela, transformando-se em personagens de um planeta paradoxalmente diferente dos demais, sem energia e sem brilho, assumindo logo o desafio de ajudar os habitantes tristes a recarregar as baterias de alegria e da aventura “vividas com o coração”. Tendo decidido viajar separadamente por vários planetas, os dois irmãos descobriram que para conseguir aquelas energias é preciso trabalhar para o bem de todos em “verdadeiro espírito de equipa”.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

O mesmo aconteceu ao longo da semana, com Lobitos e Exploradores e Moços, a passarem por vários «planetas» para conhecer personagens que lhes deram dicas e lhes indicaram as tarefas a desenvolver para chegarem à conclusão que para a «bateria» se manter carregada é preciso “viver com o coração, com os outros a ajudar e a partilhar”.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Os Lobitos tiveram de construir «planetas» para decorar os respetivos pórticos e «pilhas» em cartão. No início da atividade receberam «baterias» vazias e, por cada dia de atividades cumpridas, tiras coloridas para lhe irem acrescentando «carga». Aos Exploradores e Moços também foram também atribuídas «baterias» que foram sendo «carregadas» à medida que foram completando as provas, jogos e construções.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo