Em declarações à agência Lusa, o dirigente do Partido Social Democrata (PSD) de Faro, Cristóvão Norte, explicou que aquela estrutura foi informada pelo novamente presidente da Câmara Municipal de Faro, Macário Correia, da sua intenção de voltar ao cargo, que é um “direito que [lhe] assiste”, sendo uma "decisão legítima no plano jurídico".

Porém, Cristóvão Norte realçou que, no mês passado, a concelhia de Faro do PSD emitiu um comunicado no qual distinguiu a decisão de suspender o mandato de presidente da Câmara por parte de Macário Correia como um “ato revelador de desapego do poder” e “merecedor de distinção”.

“Não temos ideia de que tenha havido qualquer facto que tenha introduzido qualquer alteração ao processo”, afirmou o deputado eleito por Faro, acrescentando estar a aguardar que Macário Correia explique que mudanças ocorreram para o regresso à câmara de Faro 23 dias depois da suspensão de mandato, válida por 90 dias.

Quanto à candidatura do vice-presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, à autarquia, o dirigente da concelhia farense declarou: “Temos um candidato, a candidatura é definitiva e estamos a trabalhar para ganhar as autárquicas”.

Macário Correia regressou hoje à presidência da Câmara Municipal de Faro e explicou que tal ocorreu devido à admissão de um recurso judicial apresentado contra a condenação à perda de mandato.

“Pedi suspensão de funções, a partir do dia 02 do corrente mês, para aguardar serenamente a apreciação de um recurso judicial. Sucede que fui notificado positivamente de admissão desse recurso, restando apenas a análise de uma questão de forma, a qual não é judicialmente considerada urgente”, afirmou Macário Correia.

O presidente da autarquia algarvia tinha pedido a suspensão provisória do mandato enquanto aguardava a decisão sobre um recurso apresentado contra a condenação à perda de mandato por irregularidades no licenciamento de obras privadas em Tavira e entregue o exercício do cargo ao vice-presidente, Rogério Bacalhau.

Lusa