O Congresso Eucarístico Nacional, que esta sexta-feira teve início em Braga e se prolonga até dia 02 de junho, conta com a participação de 13 elementos da Diocese do Algarve.

A comitiva algarvia veio encabeçada pelo delegado da Diocese do Algarve aos congressos eucarísticos (nacionais e internacionais), o padre Pedro Manuel, uma vez que o bispo diocesano não pôde participar, como desejava por, motivos de saúde.

Representantes das três regiões pastorais que constituem a diocese algarvia e oriundos concretamente das paróquias de Boliqueime, Ferreiras, Lagos, Moncarapacho, Paderne, São Pedro e Sé de Faro e do Movimento dos Focolares, os algarvios viajaram quase todos ontem, 30 de maio, tendo chegado à noite Braga.

Na abertura dos trabalhos que decorrem no Fórum Braga, D. José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), recordou os que sofrem com a “falta de pão”, em Gaza e nas várias guerras, e a as crianças que morrem de fome no mundo”.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Para o presidente da CEP, este congresso acontecer “num mundo em “vertiginosa transformação”, destacando que a Igreja “despertou para uma nova compreensão da sua essência e missão”, em particular após o Concílio Vaticano II (1962-1965). “Celebrar a Eucaristia tem a ver com todo este ser Igreja no meio do mundo”, observou.

Para D. José Ornelas, a mudança na conceção da Igreja tem “reflexo direto na forma de celebrar a fé”. “A Eucaristia é o local do serviço”, declarou, aludindo ao processo sinodal em curso, por iniciativa do Papa Francisco.

O presidente da CEP considerou que os três dias do congresso são uma oportunidade para “interrogar-se sobre estes temas que estão diretamente ligados ao significado e papel transformador da Eucaristia”.

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D. José Cordeiro, arcebispo de Braga e presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade, falou nesta sessão de abertura, saudando um “marcante congresso eclesial”. “A Eucaristia é para todos, depende de nós que seja cada vez mais de todos”, desafiou o responsável católico.

O especialista aludiu ao desenvolvimento das devoções eucarísticas, no século XII, que se aprofundaram no século XIX, em volta da “presença real” de Jesus.

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Para o arcebispo primaz, este congresso no ano da oração, convocado pelo Papa, entre a JMJ Lisboa 2023 e o Jubileu de 2025, deve ajudar a “melhorar a qualidade das celebrações” e a “caridade com os necessitados, que parte da Eucaristia”.

D. José Cordeiro deixou a proposta de repetir o CEN, com uma periodicidade de 10 em 10 anos, nas várias dioceses portuguesas, agradecendo a todos os que “sonharam e acreditaram nesta aventura eucarística”.

A iniciativa acontece na arquidiocese minhota, 100 anos depois da sua primeira edição, com o tema ‘Partilhar o Pão, alimentar a Esperança. «Reconheceram-n’O ao partir o Pão»’.

De acordo com a organização estão inscritas cerca de 1400 pessoas, com representação de todas as dioceses de Portugal, quatro cardeais e 30 bispos, sendo esperado “um elevado número de pessoas” na Eucaristia de Encerramento no Santuário do Sameiro.

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D. Ivo Scapolo, núncio apostólico em Portugal, destacou a “estreita comunhão” do país com o Papa, visível na recente visita ‘Ad Limina’ dos bispos ou na JMJ Lisboa 2023. “Que este Congresso seja uma momento de graça para reavivar a nossa fé”, desejou, apelando a ações de “proximidade” com as pessoas mais necessitadas.

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Olga Pereira, vereadora da Câmara Municipal de Braga, destacou, por sua vez, a “forte presença da Igreja Católica” na cidade. “A história de Braga confunde-se com a cristianização da Península Ibérica”, declarou.

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D. Delfim Gomes, bispo auxiliar de Braga, presidiu ao momento de oração inaugural, convidando os participantes a empenhar-se por um mundo “mais justo e fraterno”, inspirados pela celebração da Eucaristia.

com Agência Ecclesia