Defensor Moura, que foi durante muitos anos presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, licenciou-se em Medicina e Cirurgia, tendo sido Médico Especialista em Medicina Interna, e diretor clínico do Hospital Distrital de Viana do Castelo, elegeu a Regionalização como o objetivo prioritário do seu compromisso eleitoral durante a recente campanha presidencial. Tem inúmeras obras publicadas e dedica muito do seu tempo à Fundação de Cultura Musical Maestro José Pedro, a que preside, tal como à Fundação do Navio Hospital Gil Eanes.
Defensor Moura foi, em 1998, um dos mandatários do movimento cívico “Portugal Plural”, que se bateu na campanha do referendo pela criação das regiões administrativas em Portugal. Considera que “esta é uma questão transversal a todos os partidos políticos e a todos os grupos sociais que, ao contrário do que se verifica nos países europeus mais desenvolvidos, tem sido inviabilizada por argumentos tão demagógicos como o despesismo e o clientelismo, como se a administração central não sofresse também dessas maleitas da nossa democracia!”.
A intervenção de Defensor Moura em Faro terá como título “A asfixia do centralismo”, seguindo-se no final um debate aberto aos participantes no jantar-palestra. Defensor Moura considera que “apesar dos diversos modelos de reforma administrativa ensaiados por vários governos, o centralismo continuou a travar o desenvolvimento das regiões e a asfixiar a criatividade e o dinamismo dos agentes empresariais, administrativos e culturais regionais.”
Esta iniciativa terá lugar na sede do movimento, sita na Rua Cidade de Bolama, Urbanização Poente Hospital Distrital de Faro, Lote H, Loja D, em Faro (frente à entrada para o Serviço de Urgência do Hospital), e as reservas de lugares deverão ser feitas pelo telefone 961047060 ou pelo email regiões.sim@gmail.com.
O presidente do movimento cívico “Regiões, Sim”, Mendes Bota, que fará a apresentação do orador convidado, considera que “este não é o momento do cada vez maior número de regionalistas de Portugal baixar os braços. Continuamos a pugnar por consensos entre os partidos na Assembleia da República no tratamento da Regionalização no processo de Revisão Constitucional em curso e, sobretudo, desde 22 de setembro de 2009 que defendemos a criação de uma Comissão Eventual que faça um trabalho sério de estudo das soluções e impactos em torno de cinco questões fulcrais desta questão: 1 – Redefinição de atribuições e competências entre os diferentes níveis de decisão político-administrativa; 2 – Redefinição orgânica da organização administrativa, com efetiva agilização de processos; 3 – Redução efetiva de custos da administração pública e autárquica; 4 – Redução efetiva da classe política; 5 – Delimitação territorial.”