Foto © Paulo Novais/Lusa

A paróquia de Nossa Senhora de Lourdes, na Cidade do Panamá, acolheu hoje uma manhã de festa lusófona com os participantes portugueses na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a que se uniram peregrinos do Brasil e dos PALOP.

O encontro, que contou ainda com uma celebração penitencial na qual os jovens puderam confessar-se, começou ao som de uma versão do mais recente êxito do cantor Toy, adaptada pela Pastoral Juvenil do Algarve, colocando a assembleia a cantar “toda a J-M-J”.

Foto © Paulo Novais/Lusa

A celebração foi presidida por D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, que afirmou à Agência Ecclesia que esta é uma oportunidade “justa, bonita” para sublinha a “experiência muito forte de Igreja” vivida pelos jovens.

O objetivo é também oferecer aos mais novos a consciência de um “Portugal missionário”: “Esta é uma missão de poucos dias, agora continua lá”.

Na sua intervenção, o cardeal-patriarca o qual evocou a festa da Conversão de São Paulo para sublinhar a importância deste conceito fundamental na vida cristã.

“A conversão é sermos apanhados pela vida e pela presença de Cristo”, observou, considerando que as JMJ valem “se houver conversão”, efetivamente.

“Que a nossa vida seja o que Deus quer e que a vida do mundo seja o que toda a gente anseia”, acrescentou.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa recordou a “radicalização” que Jesus Cristo representava e anunciava, no seu tempo, que continua com a vida da Igreja, na atualidade.
“O Evangelho é a vida de Cristo, continuada na nossa vida”, precisou.

Foto © Paulo Novais/Lusa

O padre Nelson Rodrigues, do Sector da Pastoral da Juvenil da Diocese do Algarve, falou à Agência Ecclesia da adaptação de uma música que marcou o verão, em Portugal, para as JMJ 2019. “Pensei que era preciso dar um conteúdo mais jovem e cristão à música do Toy”, explicou o sacerdote.

O responsável sublinha a escolha dos verbos utilizados – “rezar, cantar, caminhar” -, que remetem para ações fundamentais numas Jornadas Mundiais da Juventude. “A música manifesta isso, também muito cansaço, e ao mesmo tempo a alegria de sermos portugueses”, acrescenta.

Filipe Rossa vai na sua sexta jornada e mostra-se satisfeito com o “papel importante” que o grupo de 28 pessoas, que partiu do Algarve, tem assumido nos vários momentos de celebração.

Em relação à adaptação da música ‘Toda a noite’, o participante explica que a escolha recaiu numa “música que fica no ouvido”. “A maior parte dos jovens já a conhecem e é uma música, podemos dizer, alegre, para animar”, realça.

O padre Nelson Rodrigues, acompanhado pelos padres Adelino Ferreira e Tiago Veríssimo, mostra-se satisfeito com a participação algarvia na JMJ, considerando que os peregrinos têm crescido “enquanto grupo”. “Foi muito interessante toda a preparação, que consistiu em três catequeses, e agora toda esta vivência”, prosseguiu.

O padre Filipe Diniz, diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), disse à Agência Ecclesia que a JMJ é um “ponto de encontro” para os participantes. “A Jornada é um ponto culminante para aprofundar a fé e para revitalizar, se assim podemos dizer, a fé neste contexto que uma jornada permite”, sustentou.

Em relação ao encontro dos portugueses, o responsável destaca a importância de reunir todos os participantes dos vários secretariados diocesanos e movimentos, para “partilhar” a experiência no Panamá.

Hoje participarão ainda na Via-Sacra presidida pelo Papa Francisco, pelas 17h30 (22h30, hora portuguesa), no Campo Santa Marta la Antígua.

Os algarvios na JMJ 2019 são 30 elementos, 28 inscritos através do Setor Diocesano da Pastoral Juvenil e dois diretamente pelo Caminho Neocatecumenal.

com Ecclesia