
Ao fim de 40 anos de presença no Algarve, a comunidade dos sacerdotes da Companhia de Jesus (jesuítas) foi juridicamente constituída.
O decreto do padre geral dos jesuítas, pelo qual erigiu canonicamente a comunidade que ficará sedeada na residência de Nossa Senhora da Estrada, como casa independente, em Portimão, foi assinado no dia 30 de dezembro passado.
Cabe agora, ao superior provincial da Companhia de Jesus, o padre José Frazão Correia, nomear o superior da comunidade algarvia que ficará efetivamente constituída até no próximo verão.
A presença da Companhia de Jesus na diocese algarvia remota ao século XVI como o comprova, em Faro, o antigo Colégio de Santiago Maior (hoje Teatro Lethes), fundado em 1599, e, em Portimão, a igreja do Colégio dos Jesuítas, fundado em 1660.
Após a expulsão dos jesuítas em 1759 dos colégios algarvios (Faro e Portimão) pelo Marquês de Pombal, mais recentemente, desde 1975, a comunidade jesuíta no Algarve tem sido composta por dois sacerdotes. O padre Domingos da Costa veio naquele ano para a diocese, juntamente com o padre Arsénio da Silva, também jesuíta, falecido em 2012. Desde essa altura é pároco da Mexilhoeira Grande, missão à qual juntou, em 2013, a paroquialidade de Nossa Senhora do Amparo em Portimão, de que era pároco o padre Arsénio da Silva.
Já no final de 2010, a Companhia de Jesus tinha enviado para o Algarve o padre Estêvão Jardim para colaborar, provisoriamente, com o padre Arsénio da Silva, colaboração que se manteve até ao final de 2013. Em janeiro de 2014, chegou o padre Luís do Amaral que, desde julho do ano passado, é pároco in solidum das duas paróquias com o padre Domingos da Costa.
Este ano, a comunidade jesuíta algarvia foi reforçada com a vinda do padre Frederico Lemos, que se juntou aos padres Domingos da Costa e Luís do Amaral.
No próximo ano virão mais dois sacerdotes jesuítas, mas um deles apenas temporariamente, pois não deverá ficar na diocese.
O superior provincial da Companhia de Jesus já explicou ao Folha do Domingo que a opção tomada em relação ao Algarve visa iniciar uma presença, não apenas focada em comunidades paroquiais, mas pretende “tentar ensaiar outro modo de presença e outros caminhos”.