Em declarações à Lusa, no final de um programa que incluiu reuniões com responsáveis autárquicos e com o Comando Distrital de Operações de Socorro de Faro, e uma visita a zonas ardidas, a deputada disse estar ansiosa pelas propostas de apoio que o governo vai apresentar.

“É preciso que o governo tenha um plano de emergência, seja pela figura de calamidade pública ou outra, mas que ela seja célere e responda eficazmente aos prejuízos das populações e da economia regional”, frisou.

A par da falta de políticas de proteção florestal e investimento na floresta, Cecília Honório mostrou-se preocupada com a falta de cadastro das propriedades, medida que favoreceria a responsabilização dos proprietários pelas limpezas preventivas.

A deputada recordou que durante a visita percebeu que muitas das habitações poupadas tinham os terrenos em redor limpos.

“Sabemos que há sucessivos governos que abandonaram estas populações e que não têm nenhuma política consistente de proteção da floresta”, disse, considerando que a crise económica nacional não deveria ser motivo para o desinvestimento nesta área.

“Devia ser uma prioridade até porque um dos maiores riscos que o país está a viver é o risco do ‘interioricídio’ que é a morte económica destas populações mais desprotegidas”, reforçou.

Mostrando-se sensibilizada pela dimensão dos prejuízos visíveis nos concelhos de São Brás de Alportel e Tavira, Cecília Honório considerou que é preciso dar tempo para que sejam feitas as avaliações consistentes das decisões realizadas pelas autoridades de socorro e proteção civil.

Lusa