A Diocese do Algarve assinalou na passada quinta-feira os 20 anos da ordenação dos seus primeiros diáconos permanentes.
Foi no ano jubilar de 2000 que, a 20 de fevereiro, D. Manuel Madureira Dias, então bispo do Algarve (atual bispo emérito), ordenou na igreja de São Luís de Faro sete homens casados no primeiro grau do sacramento da ordem.
A esse grupo seguiu-se a ordenação do diácono Albino Martins em 2012 e mais recentemente, em junho do ano passado, mais quatro diáconos: António Valério Costa, João Pontes dos Santos, João Chaves dos Santos e Nuno Francisco. Atualmente, a diocese algarvia conta com 10 diáconos permanentes, uma vez que do primeiro grupo faleceu em 2015 o diácono Joaquim Mendes Marques, antigo diretor do Folha do Domingo, e outro deixou o ministério.
No passado dia 20, o bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, presidiu à celebração da eucaristia na igreja matriz de Portimão para assinalar a efeméride com a presença de oito deles, sendo que dois não puderam estar presentes por motivo de doença.
O bispo do Algarve destacou o “serviço prestado com grande dedicação e generosidade ao longo destas duas décadas” pelos primeiros diáconos da diocese. “Não esquecemos igualmente neste dia o nosso bispo emérito D. Manuel Madureira por cujas mãos, caros diáconos, recebestes este dom de Deus que nos enriqueceu a todos”, acrescentou ainda.
D. Manuel Quintas juntou ainda o “louvor a Deus” pelos diáconos permanentes que se seguiram ao primeiro grupo, a quem agradeceu igualmente o testemunho e o serviço. “Em boa hora a Igreja estabeleceu que o diaconado fosse restaurado com um grau próprio e permanente da hierarquia, sendo conferido a homens de idade madura, mesmo casados”, prosseguiu.

O bispo do Algarve destacou que o “serviço desinteressado a que é chamado o diácono na Igreja” alerta a todos para a “mesma forma de ser, estar e conviver” nas comunidades cristãs.
“A celebração do vosso aniversário permite-nos salientar o enriquecimento de comunhão eclesial, a vocação e missão do diácono na Igreja”, acrescentou, considerando que “o diácono exerce uma missão eclesial de grande alcance no campo profético, litúrgico e da concretização da caridade na Igreja”.
D. Manuel Quintas lembrou que “o seguimento de Cristo e do ministério diaconal é uma vocação plena de satisfações e frutos, mas também exposta, por vezes, às dificuldades e fadigas dos autênticos seguidores do Senhor Jesus Cristo”. “Para a realizar, o diácono deve obrigar-se a estar com Cristo para que seja Ele a fortalecer a responsabilidade no ministério, a dar o primado à vida espiritual, a viver com generosidade e alegria a diaconia, a organizar o ministério e os seus deveres familiares de casado e profissionais, de modo a progredir na adesão à pessoa e à missão de Cristo servo”, referiu.
O bispo do Algarve apontou ainda ao exemplo dos primeiros sete diáconos da história da Igreja. “Como no dia da vossa ordenação, desejamos e imploramos do Senhor que continueis todos a assemelhar-vos aos primeiros sete diáconos da Igreja de Jerusalém na boa reputação e na docilidade ao Espírito Santo para que anuncieis a palavra e testemunheis o amor à Igreja do Algarve até ao limite das próprias forças”, afirmou.
D. Manuel Quintas exortou também à oração pelo chamamento de novos diáconos permanentes. “Porque sabemos a importância e a necessidade que este ministério ordenado constitui para a nossa Igreja diocesana queremos continuar a rezar, hoje de modo particular, para que o Senhor continue a chamar muitos outros a este ministério, para o serviço, para o bem e para o enriquecimento da nossa Igreja diocesana”, afirmou.
A eucaristia, em que se rezou pelo diácono já falecido, foi concelebrada pelo cónego Joaquim Luís Cupertino e pelos padres Mário de Sousa, diretor do Secretariado Diocesano para o Diaconado Permamente, Oleg Trushko e Rui Barros Guerreiro.