A Igreja algarvia encerrou no passado sábado, 08 de novembro, a cadeia de oração permanente ao Santíssimo Sacramento (lausperene) para pedir a Deus vocações de consagração, tanto no sacerdócio como na vida religiosa ou nos institutos seculares, com o alerta de que é preciso rezar por aquela intenção todos os dias.

O bispo do Algarve, que presidiu à Eucaristia de encerramento na igreja matriz de Lagoa, advertiu que o fim do lausperene não significa que só se deve voltar a rezar pelas vocações de consagração no próximo ano. “Não quer dizer que vamos ficar dispensados e à espera do próximo ano para rezar novamente pelos seminários. A necessidade de rezar pelas vocações é tanta como a fome que temos para alimentar o corpo”, comparou D. Manuel Quintas, afirmou na celebração de encerramento do lausperene que teve início no passado dia 25 de outubro, acrescentando que a vocação “não é uma conquista”, mas “é um dom que Deus dá”.

“Se é um dom, é preciso pedi-lo todos os dias. Precisamos de rezar todos os dias pelas vocações, para que o Senhor envie vocações para a sua Igreja toda e, particularmente, para a nossa diocese. E, sobretudo, que para dê a força necessária para acolher este dom e para que, quem já o acolheu, seja fiel. A começar pelo bispo”, prosseguiu, lembrando que Deus dá “a cada um o que cada um precisa para responder a este dom e não o abandona”.

D. Manuel Quintas referiu ainda que a celebração, que coincidiu com a festa da dedicação da basílica de São João de Latrão, a catedral de Roma – diocese do Papa, na tradição católica – ajuda a “entender melhor ainda a importância e a necessidade do sacerdote e do ministério ordenado numa paróquia, numa diocese e na Igreja”. Lembrando, por exemplo, que sem sacerdotes não há Eucaristia, advertiu que “quando não há Eucaristia começa tudo a definhar”.

O lausperene decorreu no âmbito da Semana de Oração pelos Seminários que se realizou este ano a nível nacional de 02 a 09 de novembro, sob o tema “Precisamos de Ti”. A iniciativa foi, uma vez mais, assegurada pelas paróquias que constituem as três regiões pastorais, pelas comunidades, congregações, grupos e movimentos católicos da diocese algarvia, depois de passar pelas várias comunidades paroquiais, segundo um itinerário distribuído pelas regiões pastorais do barlavento, centro e sotavento.