"A direção entendeu, na sua modesta opinião, que o relatório continha matéria fora do contexto da época em questão e apresentou uma proposta para que não se alterasse a substância do parecer mas que se expurgasse a matéria fora do contexto", assinala o órgão dirigido por Isidoro Sousa.
O líder do Conselho Fiscal, Eduardo Cruz, salientou segunda-feira à agência Lusa que se trata de uma deliberação "nula e de nenhum feito" e "uma violação grosseira das leis aplicáveis e dos estatutos do clube", uma vez que o parecer "só pode ser objeto de aprovação ou reprovação e em nenhuma circunstância pode ser alterado, amputado, reduzido ou acrescentado pela direção ou pela assembleia geral".
A direção do Olhanense, recordando que Eduardo Cruz "votou favoravelmente" as contas apresentadas, ressalva em comunicado que o parecer do Conselho Fiscal "não é vinculativo e, por consequência, é perfeitamente acessório, servindo apenas como documento de aconselhamento à direção".
O órgão liderado por Isidoro Sousa respondeu ainda às críticas sobre a gestão do clube, acusando Eduardo Cruz de ter sido "o principal causador" do desequilíbrio financeiro do clube, enquanto coordenador do processo de requalificação do Estádio José Arcanjo.
"O Olhanense deve a sua debilidade financeira à derrapagem das obras do Estádio José Arcanjo, que inicialmente foram orçamentadas 1,2 milhões de euros pela comissão de obras liderada e coordenada pelo sr. Eduardo Cruz e que terminaram com um custo real de 2,5 milhões de euros", salienta a direção.
Sustentando que Eduardo Cruz "até à data em nada contribuiu para amenizar tal prejuízo", a direção do clube algarvio salienta que foram os seus elementos "que avalizaram pessoalmente títulos de crédito junto da banca para suprir os prejuízos originados pela derrapagem das obras no estádio".