Realizou-se no passado sábado o Encontro Regional de Caminheiros e Companheiros (ERC), (escuteiros dos 18 aos 22 anos, respetivamente dos ramos terrestre e marítimo, pertencentes à IV secção) dos diversos agrupamentos algarvios do Corpo Nacional de Escutas (CNE).

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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A atividade, promovida pela Junta Regional do Algarve do CNE, através da sua Secretaria Regional Pedagógica da IV Secção, decorreu em Loulé, no Centro Paroquial, com a participação de 56 Caminheiros e Companheiros e oito dirigentes.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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A edição deste ano propôs-lhes a reflexão sobre as quatro etapas de progresso daquela secção escutista que resultasse na redação do «Livro de Ouro» do clã regional para memória futura. A secretária regional pedagógica explica ao Folha do Domingo que, introduzido o ano passado, o «Livro de Ouro» pretende ser uma espécie de diário de bordo onde vão registando tudo o que vão realizando e refletindo, seja a nível regional ou nacional, “para que os próximos Caminheiros e Companheiros possam ver o que é que foi feito, como é que eles pensavam, como é que a sociedade estava”. “Achamos que isso é muito importante para as próximas gerações”, realça Vanda Brazona, acrescentando que aquela secção escutista está a viver uma mudança de geração. “Estamos a tentar agarrar essa geração nova. É uma adaptação constante. Está a ser desafiante”, confessa.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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Os moldes do ERC, que têm vindo a ser alterados ao longo dos últimos anos, sofreram nova alteração. Ao contrário do que costuma acontecer, a atividade desta vez saiu para a rua e foi realizada como se de um hike (caminhada por trilhos com recurso a sinalética ou carta e bússola) se tratasse. Também contrariamente ao que por hábito sucede, desta vez os grupos (clãs) não foram acompanhados por dirigentes. Ao invés disso, os chefes também trabalharam em grupo.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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Ao longo da caminhada havia quatro postos – Caminho, Comunidade, Serviço e Partida -, sobre cada uma das etapas do progresso. Em cada posto os escuteiros tinham de cumprir uma dinâmica relacionada com cada uma das etapas e foram convidados a refletir sobre determinados aspetos a elas ligados. “Que tipo de atividades é que te ajudam/ajudaram a fazer caminho? Que momentos de comunidade já sentiste nos escuteiros? E no teu clã? Que serviço gostaste mais de fazer? E qual te custou mais? O que falta fazer?” foram algumas questões a que tiveram de responder.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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Os Caminheiros e Companheiros tiveram ainda de refletir sobre o Desafio, a última parte do progresso de um elemento pertencente à quarta seção do CNE, e que consiste em serviço voluntário à comunidade durante um mínimo de três meses. “Há uma grande percentagem de Caminheiros/Companheiros no Algarve que não faz o desafio”, lamenta Vanda Brazona, explicando que o ERC deste ano serviu também para ajudar a consciencializar para a importância do cumprimento daquela etapa.

Por fim, os escuteiros compilaram tudo o que refletiram em mind maps (diagramas que ilustram ideias/conceitos) que integraram o «Livro de Ouro».

O CNE, fundado em 1932 no Algarve pelo cónego José Augusto Vieira Falé, conta atualmente com 34 agrupamentos num total de mais 2.000 elementos.