
Realizou-se no passado sábado em Loulé o Encontro Regional de Caminheiros e Companheiros, (escuteiros dos 18 aos 22 anos, respetivamente dos ramos terrestre e marítimo, pertencentes à IV secção) dos diversos agrupamentos algarvios do Corpo Nacional de Escutas (CNE).


A atividade, promovida pela Junta Regional do Algarve do CNE, através da sua Secretaria Regional Pedagógica da IV Secção, teve lugar no Centro Paroquial e Social com a participação de 67 Caminheiros e Companheiros e 20 dirigentes, três dos quais membros daquela Junta e outros três da equipa regional da IV secção.


O encontro, que permitiu aos Caminheiros e Companheiros organizarem o seu ano escutista, serviu sobretudo para reverem a ‘Carta de Clã’, um documento no qual estabelecem anualmente os objetivos que se propõem cumprir. Passando por seis mesas, cada uma com um ponto do documento para revisão, os escuteiros tiveram este ano de justificar as decisões de manter, alterar ou retirar cada alínea, tendo a carta de intenções sido assinada depois por todos.



A jornada serviu ainda para a eleição de dois elementos para a equipa regional que irá trabalhar o método escutista no âmbito do programa educativo do CNE. A secretária regional pedagógica explicou ao Folha do Domingo que, para além das habituais equipas regionais para cada uma das quatro secções escutistas, a Junta Regional optou por criar mais duas: uma ligada à inclusão de elementos com necessidades educativas especiais e outra ligada ao método escutista do programa educativo. “Esta equipa irá trabalhar o método em todas as secções”, complementou Vanda Brazona, explicando tratar-se de um apoio pedagógico aos agrupamentos.


No encontro foi apresentado o vídeo, intitulado “A luz que te guia”, que serviu de lema à candidatura da nova equipa da Junta Regional e que ilustra o seu projeto para o mandato de três anos agora iniciado. Com um imaginário ligado ao mar, tendo como “heróis” três dos navegadores portugueses, o plano assenta em seis pilares: segurança, inspiração, esperança, proteção, orientação e fé. “Nós queremos muito que o imaginário e a simbologia da Junta da Região do Algarve seja única. Vamos tentar manter esta orientação e estes seis pilares”, afirmou Vanda Brazona.


Aquela dirigente justificou ainda a opção por não ter sido incluída este ano a dimensão do serviço na edição do encontro que teve um “novo modelo”. A responsável explicou que “o tempo destinado ao serviço é pouco” e o tempo para a revisão da “Carta de Clã” acaba por também não ser o desejado.



O CNE, fundado no Algarve em 1932 pelo cónego José Augusto Vieira Falé, conta atualmente com 35 agrupamentos num total de quase 2.400 elementos.