
A paróquia de Giões e o Centro Paroquial de Cachopo assinaram no passado dia 24 de abril dois acordos com o Estado, através da Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), para financiamento das obras de conservação, respetivamente, dos edifícios da igreja matriz e do Complexo Social D. Manuel Madureira Dias.

Na cerimónia de assinatura dos contratos de financiamento das candidaturas, submetidas ao Programa Equipamentos Urbanos de Utilização Coletiva referentes a equipamento religioso, que decorreu na Câmara Municipal de Alcoutim, o representante da paróquia de Giões e diretor do Centro Paroquial de Cachopo explicou que o apoio agora concedido visa a “salvaguarda e restauro do património mais importante da freguesia de Giões”, isto é, “as obras de conservação e restauro da igreja paroquial”, referindo o “sonho de ver requalificado o templo em degradação progressiva”.

“As obras a efetuar no [complexo social do] Centro Paroquial de Cachopo permitirão solucionar um grave problema nas juntas de dilatação do equipamento e pintá-lo exteriormente, dando-lhe dignidade em benefício de quantos lá vivem, trabalham e ainda sonham”, acrescentou o diácono Albino Martins, na referência àquele “outro Algarve a despovoar e a envelhecer assustadoramente”.

Recorde-se que, no caso da igreja matriz daquela aldeia do concelho de Alcoutim, as obras incidirão, sobretudo, na cobertura degradada que deixa passar água e nas paredes que apresentam fissuras.

O diácono Albino Martins agradeceu ainda aos presidentes da Câmara de Tavira e das Juntas de Freguesia de Giões e de Cachopo, aos arquitetos Vitor Brito, autor do projeto de restauro da igreja de Giões, e Marta Santos, à técnica da CCDR Algarve Teresa Marques e à Diocese do Algarve, representada na cerimónia pelo vigário geral, cónego Carlos César Chantre.

O secretário de Estado da Administração Local garantiu que “o Governo está muito atento àquilo que são as causas comuns das populações”. “É importante dar um apoio, de forma a que as coisas melhorem e a que as pessoas, nos pequenos aglomerados, tenham um sítio comum onde se reúnem para aquilo que for necessário fazer. Daí que andamos a apoiar a recuperação do património em termos daquilo que é o património religioso, na recuperação desta ou daquela associação, deste ou daquele edifício desta ou daquela instituição”, afirmou Carlos Miguel.
O governante garantiu ainda que os financiamentos contratualizados são montantes “que a DGAL neste momento já tem reservados”. “Quanto mais depressa forem apresentando as faturas, mais depressa a gente pensa noutras coisas para além destas”, pediu.

Os contratos celebrados entre DGAL, a CCDR Algarve e as duas entidades paroquiais correspondem a uma comparticipação de 50% por parte do Estado que no caso da obra em Giões corresponde a 46.000 euros e da de Cachopo a 20.465 euros.
O presidente da Câmara de Tavira, Jorge Botelho, disse que na próxima reunião da autarquia seria votada a atribuição de um apoio no valor dos restantes 50% para a obra em Cachopo e que o município também asseguraria o acompanhamento técnico dos trabalhos.

O homólogo da Câmara de Alcoutim lembrou que quando foi apresentada a candidatura da obra de Giões, a autarquia também aprovou “uma verba que está destinada” àquele fim. Osvaldo Gonçalves anunciou ainda um “investimento superior a 100.000 euros” na “zona envolvente da igreja” de Giões. “Esse projeto, independentemente de termos ou não financiamento, é para avançar”, acrescentou, explicando que a intervenção terá como objetivo “dar a dignidade que o espaço merece”.
As obras agora financiadas, cujos concursos para as empreitadas serão agora lançados, terão prazos de execução de seis meses no caso de Giões e de três meses no caso de Cachopo.
A cerimónia de assinatura dos contratos contou ainda com a presença da diretora da DGAL, Sónia Ramalhinho, que subscreveu os acordos homologados pelo secretário de Estado, e do presidente da CCDR Algarve, Francisco Serra, entre outras entidades.