
O Estado português pondera resgatar a concessão da Estrada Nacional 125 (EN125) do Algarve, caso o modelo de concessão com o parceiro privado Rotas do Algarve Litoral não avance, assumiu hoje o secretário de Estado dos Transportes.
“O Estado está a procurar, através da negociação, assegurar que rapidamente temos condições para que essa requalificação avance. Caso não avance no modelo de concessão, o Estado resgatará a concessão e procurará criar condições financeiras na [empresa] Estradas de Portugal para que avance”, declarou Sérgio Silva Monteiro, recordando que o mesmo já foi feito com a Autoestrada do Marão.
O anúncio do lançamento dos três concursos públicos que vão permitir retomar a construção da Autoestrada do Marão, num valor base de 204 milhões de euros, foi hoje publicado em Diário da República.
As obras de requalificação da EN125 foram suspensas desde 2012 devido a questões relacionadas com dificuldades financeiras da concessionária Rotas do Algarve Litoral, mas a intervenção na EN125 está, por hora, ainda debaixo de um contrato de concessão com um parceiro privado – Rotas do Algarve Litoral, recordou Sérgio Silva Monteiro.
O governante, que presidiu esta tarde em Faro a uma sessão pública sobre o plano de infraestruturas consideradas prioritárias para o desenvolvimento económico e social do país, ouviu críticas dos autarcas algarvios por a EN125 não fazer parte da lista de prioridades no relatório final.
O presidente da Amal (Comunidade Intermunicipal do Algarve), que congrega as 16 autarquias, Jorge Botelho, pediu mesmo ao secretário de Estado dos Transportes para que o Algarve tivesse direito a um “anexo” no relatório final o plano de infraestruturas consideradas prioritárias para resolver a problemática da EN125.
“Se esta obra não se fizer, vamos afundar-nos um pouco mais”, declarou, sublinhando que a EN125 está “um caos”.