À margem de um encontro com a União dos Sindicatos do Algarve, que decorreu hoje na capital algarvia, a euro-deputada comunista afirmou que vai pedir ao Governo português "um plano de emergência" para criar perspectivas não só para os desempregados de hoje, mas também para a juventude que vai entrar no mercado de trabalho.

Ilda Figueiredo declarou também aos jornalistas que vai "insistir" junto da Comissão Europeia para rever a situação do Algarve, uma região que perdeu cerca de 500 milhões de euros no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) 2007/2010.

"Ainda é possível alterar a situação do Algarve. A própria Comissão Europeia pode propor essas alterações e actuar, mas tudo também depende das propostas do Governo português", acrescenta.

"Criar bases de desenvolvimento sustentável", criar "uma actividade económica mais diversificada, incluindo o próprio turismo, e mais coordenada" são essências para o progresso social do Algarve, defendeu Ilda Figueiredo.

Segundo a euro-deputada, o Partido Comunista sempre "defendeu a manutenção dos apoios comunitários de forma integral para o Algarve".

Já este mês, a União dos Sindicatos do Algarve também tinha exigido ao Governo medidas de combate ao desemprego na região, após ter constatado que o número de desempregados duplicou em relação ao ano passado.

Segundo o dirigente sindical António Goulart, "o número total e real de pessoas desempregadas no Algarve em Setembro deste ano (19 605) era praticamente o dobro do registado em Setembro de 2008 (10 308)".

Os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) apontam para 17 721 desempregados em Setembro de 2009, mais 8.306 do que há um ano, contudo, nos dados oficiais não constam o número de desempregados inseridos em programas ocupacionais.