Faleceu ontem Luís Lidington, de 78 anos, antigo chefe nacional do Corpo Nacional de Escutas (CNE) e dirigente algarvio daquele movimento.

Luís Alberto Oliveira Lidington da Silva foi chefe nacional do CNE entre 2000 e 2008. Nascido em 1945, Luís Lidington conheceu o escutismo no Agrupamento 21 – Sé Catedral de Lourenço Marques, em Moçambique, em 1958.

Segundo o órgão oficial de informação do CNE, ‘Flor de Lis’, “após o seu percurso por Moçambique, regressaria ao ativo em Portugal, na região de Coimbra, em 1980, no Agrupamento em formação do Colégio da Rainha Santa Isabel onde permaneceu até 1985”. “Com um percurso notável no Escutismo, assumiu funções como Chefe Regional de Coimbra, foi chefe de campo em vários acampamentos regionais e acampamentos nacionais”, escreve aquele órgão de informação.

Luís Lidington foi nomeado presidente da Comissão Executiva Nacional até janeiro de 2000, tendo sido depois nomeado chefe nacional. Após este período, foi transferido para a Junta Regional do Algarve e para o Agrupamento 511 – Lagoa, onde desempenhou funções até à atualidade. Nesse mesmo ano recebeu o Colar Nuno Álvares, a maior condecoração do CNE. Foi ainda presidente da Mesa dos Conselhos Regionais e secretário regional. ‘Flor de Lis’ escreve que o dirigente falecido “explicou que os cargos que assumiu no CNE foram de muito trabalho e que essa dedicação ao escutismo só se consegue pelo «grande amor que se tem ao CNE»”.

Também a Junta Regional do Algarve do CNE se referiu à morte do dirigente, garantindo que ficaram “todos profundamente tocados” e confrontados a recordar a “frágil condição humana”. “Queremos neste momento, que sabemos ser de profunda dor e perda, fazer-nos próximos e deixar a todos os familiares, e a todos os escuteiros da nossa região, as nossas mais sentidas condolências”, acrescenta aquele órgão, que destaca o chefe falecido como “um exemplo a seguir, pela sua total entrega ao movimento escutista, refletida em todos os órgãos, cargos e equipas por onde passou”, citando uma declaração sua: “«Estou aqui para servir o CNE, e enquanto puder irei fazê-lo onde acharem que sou mais útil»”. “Que tenhamos todos a capacidade de preservar bem viva a sua memória entre nós, aprendendo com o seu enorme exemplo de entrega e dedicação ao Corpo Nacional de Escutas”, acrescenta.

O Agrupamento 511 – Lagoa assinalou ter recebido “com pesar e consternação que recebemos a triste notícia do falecimento” do seu dirigente. “Neste momento difícil para o nosso Agrupamento, para os seus familiares e para os nossos irmãos Escutas deixamos uma palavra de apreço e gratidão pelo seu serviço, sempre disponível. Saibamos imitá-lo na sua entrega e dedicação, e que seguindo o seu exemplo possamos ser sempre uma referência para os nossos irmãos”, acrescentou.

O CNE já decretou luto oficial nacional por um período de sete dias pelo falecimento do dirigente.

O velório do falecido terá lugar no dia 15 de novembro, a partir das 9h30, na capela mortuária de Portimão e o funeral decorrerá, pelas 14h30 daquele dia, na igreja do Colégio daquela cidade.