© Luís Forra/Lusa
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A Câmara de Faro aprovou hoje uma proposta da CDU que prevê a desocupação do parque de campismo da Praia de Faro apenas quando as obras para a sua reabilitação estiverem prontas para avançar.

A proposta da CDU, apresentada hoje em reunião de câmara, foi aprovada com os votos a favor do PS, depois de, na mesma sessão, a proposta da liderança camarária (PSD/CDS-PP/MPT/PPM) em desocupar o parque até 07 de outubro ter sido chumbada pelo PS e pela CDU.

Depois de a coligação ter inicialmente apresentado uma proposta para retirar as 140 caravanas do parque e criar um estacionamento provisório – chumbada no início de março -, submeteu hoje a votação uma nova versão da proposta, que previa edificar um novo parque no espaço do atual, fechado ao turismo há 12 anos e apenas ocupado por sócios.

O espaço é gerido desde 2010 pela Associação de Utentes e Amigos do Parque de Campismo da Praia de Faro, que sempre se recusou a desocupá-lo até que estivesse definida a futura utilização do recinto e cujo presidente já admitiu avançar com um processo judicial para impedir a denúncia do contrato pela autarquia.

A proposta da CDU hoje aprovada difere da proposta da coligação por atribuir direito de preferência aos caravanistas que atualmente ocupam o espaço, prevendo que a denúncia do contrato de comodato só aconteça “quando a aproximação do início das obras de reabilitação do Parque de Campismo o tornar imperativo”.

Já a nova versão da proposta da coligação “Juntos por Faro”, defendia a imediata denúncia do contrato e a libertação do espaço para a edificação de um novo parque, aberto a toda a população e visitantes, sob gestão do município, a vigorar a partir de 7 de outubro.

No final da reunião de câmara, que durou mais de quatro horas, o presidente da autarquia, Rogério Bacalhau, disse à Lusa que vai trabalhar no sentido de elaborar um regulamento para o parque de campismo, para que se possa avançar com a sua renovação.

“Nós mantemos a intenção de denunciar o contrato e queremos fazer um parque de campismo para todas as pessoas, com rotatividade do espaço e sem preferência para ninguém, que é o que se passa na maioria dos parques de campismo do país”, declarou.

A proposta da coligação previa que o tempo máximo de permanência no parque, durante o verão, fosse de 15 dias e nos restantes meses de 30 dias, sendo que o período máximo anual não deveroa exceder os 45 dias.