As festividades no Algarve em honra de Nossa Senhora do Carmo encerraram-se ontem com as eucaristias realizadas um pouco por todo o Algarve, tendo sido em Faro e Tavira promovidas pelas respetivas Ordens Terceiras.


Na capital algarvia, a celebração da festividade, presidida pelo bispo do Algarve, voltou a contar com uma representação do Destacamento Territorial de Faro da Guarda Nacional Republicana (GNR), força de segurança que tem Nossa Senhora do Carmo como padroeira.


Na Eucaristia, que teve lugar ao final da tarde na igreja da Ordem Terceira carmelita, D. Manuel Quintas realçou que Maria, sob a invocação ontem celebrada de Nossa Senhora do Carmo, “é sempre caminho que aponta para Cristo” e “de encontro” com o seu filho. “É essa a sua grande missão”, confirmou.


O bispo diocesano exortou assim os católicos a “olhar e contemplar Maria como modelo de fé e de adesão à pessoa de Jesus, de verdadeiro discípulo que também é missionário, que também anuncia com a sua vida e com a sua palavra, mas, sobretudo, com os seus gestos e as suas atitudes a pessoa de Jesus”. “É a Ele que seguimos, é d’Ele que somos discípulos, é a Ele que anunciamos”, deixou claro.


D. Manuel Quintas lembrou também a fundação da Ordem Carmelita, considerando que “falar do Monte Carmelo é falar do profeta Elias”. “Foi essa inspiração que atraiu para esse monte, no século XII, alguns leigos provenientes de diversas partes da Europa, que se constituíram como um grupo, inspirando-se na espiritualidade desse profeta e, constituindo-se em Ordem do Carmo com o título de Santa Maria do Monte Carmelo, espalharam pela Europa a sua espiritualidade”, lembrou.


O responsável católico acrescentou que aquela “ordem, que assume como modelo o profeta Elias, carateriza-se por uma grande devoção mariana”. “A sua regra de vida, que inspirava a sua vida carmelita, era constituída fundamentalmente por quatro pilares que continuam a ser profundamente atuais: a meditação da Palavra de Deus, a devoção a Nossa Senhora, o trabalho na obra como meio de sustento e também a vida contemplativa de silêncio”, prosseguiu, lembrando ter sido essa fundação “que veio a dar origem a toda a grande família carmelita” que, tal como os restantes católicos, têm “Maria como modelo de fé”, “tanto no Carmelo como no Calvário”.



A Eucaristia contou com o serviço do diácono Luís Galante e com a concelebração do cónego César Chantre, pároco da paróquia de São Pedro de Faro, onde se encontra sediada na capital algarvia a Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo, do padre Luís Gonzaga, que assiste dominicalmente a comunidade que se reúne para celebrar a Eucaristia naquela igreja, e do frei Sócio José Bernardo, representante da Ordem do Carmo.



A celebração contou também com a participação do prior da Ordem Terceira Carmelita de Faro, António Brás, e do vereador da Câmara de Faro, Adriano Guerra, e do presidente da União de Freguesias de Faro, Bruno Lage, e do representante da Zona Marítima do Sul, o capitão Mário Lopes de Figueiredo.



Em Faro, o programa festivo teve início no dia 06 deste mês um concerto à noite com o Grupo Coral Ossónoba e, de 07 a 15 de julho, realizou-se a novena preparatória para a festividade. No dia 13 de julho realizou-se a celebração de imposição de escapulários; no dia 14, a de admissão de noviços; e no dia 15, a de profissão de noviços.
Este ano, em Faro, não se realizou a tradicional procissão em honra de Nossa Senhora do Carmo.