Um grupo de 21 migrantes foi ontem intercetado, pelas 19:45, pela GNR na Ilha do Farol, confirmou à agência Lusa fonte do Comando-Geral desta polícia.
“Foram intercetados pelo Destacamento de Controlo Costeiro de Olhão [da GNR] 21 migrantes na praia da Ilha do Farol numa embarcação”, disse o Comando-Geral da GNR.
De acordo com o Comando-Geral desta polícia, o Destacamento de Controlo Costeiro de Olhão tomou conta da ocorrência.
Contactado pela Lusa, o comandante deste destacamento, capitão Nuno Marinho, disse que a embarcação utilizada por este grupo “já se encontrava na areia” quando as autoridades chegaram ao local e que os migrantes, “aparentemente marroquinos”, estavam “nas imediações da praia”, tendo sido “intercetados já apeados”.
A GNR fez buscas na zona e questionou “outras pessoas que estavam no local”, para averiguar se haveria mais elementos deste grupo que ainda não tivessem sido intercetados.
Segundo o comandante do Destacamento de Controlo Costeiro de Olhão da GNR, os 21 migrantes encontram-se alojados temporariamente no pavilhão desportivo do Olhanense, à guarda da GNR, e “devem ser ainda hoje entregues ao SEF”, sendo posteriormente presentes a tribunal.
Segundo Nuno Marinho, os 21 homens pernoitaram naquele espaço, onde também foram “sujeitos a triagem médica” e a testes à presença do novo coronavírus. Fonte da GNR adiantou já hoje à Lusa que os migrantes terão apresentado resultados negativos aos testes para despistagem da covid-19.
Os migrantes “vão ser entregues” ainda hoje ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que “seguirá com as demais diligências”, acrescentou.
A embarcação “de madeira” onde viajava o grupo era “semelhante” a outras que chegaram anteriormente à costa algarvia, referiu o comandante do Destacamento de Controlo Costeiro de Olhão.
“Tinha um motor de reserva [além do motor que foi utilizado para transportar o grupo até à costa portuguesa], uns telemóveis [no interior] e um bocado de comida”, explicitou o capitão Nuno Marinho, adiantando que vinha com “excesso de lotação”.
O SEF esclareceu, entretanto, através de uma nota, que os migrantes são “oriundos do Norte de África”, e que foram “garantidas as necessidades básicas, incluindo alimentação, assistência médica e alojamento”.
A realização dos testes à presença do SARS-CoV-2 “será igualmente assegurada ainda esta noite”, explicita o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, acrescentando que, na quarta-feira, “serão promovidas todas as diligências necessárias para avaliação da situação e promoção das medidas adequadas ao caso”.
Os migrantes “encontram-se atualmente à guarda” da GNR e do SEF, acrescenta a nota deste órgão de polícia criminal.
Este é o quarto caso registado este ano, o terceiro desde o início de junho, envolvendo migrantes alegadamente de origem marroquina que desembarcaram no Algarve.
Em junho, dois grupos, um de sete e outro de 22 homens, desembarcaram em Olhão e na praia de Vale do Lobo (Quarteira), respetivamente.
Em janeiro, um outro grupo de 11 migrantes tinha chegado à costa algarvia, antecedido de uma embarcação com oito homens, em 11 de dezembro de 2019.
No total são já 69 os migrantes desembarcados ilegalmente e intercetados na costa algarvia desde dezembro do ano passado.
com Lusa