O historiador de arte Francisco Lameira lembra que as chaminés rendilhadas algarvias são uma recriação da década de 50 ou 60 da época do Estado Novo (1933-1974).

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Aquele professor na Universidade do Algarve refere naquele período “criou-se uma ideia, um estereotipo de chaminé tradicional algarvia”, mas realça que a autêntica, composta por “dois elementos fundamentais – a telha mourisca e o ladrilho” – é “muito mais sóbria e de maior contenção”. “As chaminés mais antigas que temos, do século XVIII ou XIX, passam tão despercebidas que a gente nem as vê”, reforçou.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Francisco Lameira aludiu ao tema no passado sábado a propósito da chaminé da antiga casa do ermitão anexa à ermida de Santo António do Alto, em Faro. O historiador orientava uma visita guiada àquele templo, realizada no âmbito das Jornadas Europeias do Património.