A Diocese do Algarve encerrou no passado dia 27 de janeiro um ano de encontros mensais para fazer memória da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Panamá realizada em janeiro de 2019.

Os encontros – que surgiram como resposta ao pedido do papa Francisco aos jovens para “que promovessem, nas dioceses, encontros celebrativos da JMJ todos os meses a cada dia 27” – foram promovidos pelo Setor Diocesano da Pastoral Juvenil (SDPJ) nas paróquias de origem dos participantes algarvios na JMJ, de Vila Real de Santo António (fevereiro) até Silves (dezembro), passando por Tavira (março), Olhão (abril), Faro (maio), Loulé (junho), Quarteira (julho), Ferreiras (agosto), Paderne (setembro), Portimão (outubro) e Monchique (novembro).

O encontro do mês passado – que assinalou um ano após o encerramento da JMJ do Panamá e concluiu o ciclo – foi presidido pelo bispo do Algarve na Sé de Faro que pediu aos jovens presentes para serem “portadores da mensagem do Panamá que se une à próxima JMJ” de Lisboa.
“Que esta vigília de oração possa verdadeiramente moldar o nosso coração à semelhança do coração de Cristo e, sobretudo, levar-nos a enraizar ainda mais a nossa vida e o que somos em Cristo. É Ele que é o fundamento da nossa fé. Deixemos que seja também o fundamento das nossas opções”, prosseguiu, desafiando os presentes a fazerem de Cristo o “alicerce” da sua vida e a serem “cristãos e jovens ativos que não desistem, nem desanimam nas dificuldades”.


O bispo diocesano pediu ainda aos jovens para propagarem o que viveram naquela noite nas suas paróquias. “Queremos que esta vigília de oração possa passar por todas as paróquias para chegar ao coração de tantos jovens da nossa Igreja diocesana pelo contágio da alegria deste encontro da pessoa de Cristo que certamente levareis convosco”, afirmou, garantindo saber de muitos jovens que gostariam de estar ali mas não lhes foi possível por estarem longe. “Estão unidos a nós e nós estamos unidos a eles”, frisou.

D. Manuel Quintas lembrou ainda a peregrinação para ir buscar a Roma os símbolos das JMJ – a cruz e o ícone de Nossa Senhora –, para qual já estão inscritos 27 jovens do Algarve, e a vinda dos mesmos à diocese algarvia em janeiro de 2021. “Temos de nos organizar”, considerou.

O encontro de oração, que contou com a visualização de algumas imagens da participação algarvia na última JMJ e com um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, ficaria ainda marcado pelo testemunho de duas participantes na JMJ do Panamá e membros do SDPJ. Vânia dos Santos, coordenadora daquele organismo, destacou ter vivido o encontro mundial da juventude com o papa “com a ambição de poder dar mais aos outros”. “Aprendemos a dizer sim a Deus às missões que Ele nos dá no nosso dia a dia, a dizer sim sem medo e a sermos jovens ativos na nossa comunidade”, sustentou.

Vânia dos Santos garantiu ainda que o Panamá “moveu-se em generosidade” para com os participantes. “É assim que também esperamos que os portugueses daqui a três anos abram os seus corações em generosidade para receber os milhões que virão”, desejou, testemunhando ainda a emoção de ver a imagem de Nossa Senhora de Fátima ser recebida e venerada também naquele país.
Carolina Rossa explicou que para si a particularidade da JMJ do Panamá começou logo pela preparação. “Teve o significado especial de perceber o que é que Deus quer para a minha vida, qual a vocação a que me chamava”, testemunhou, explicando que a jornada “foi muito particular” para si porque, para além de participar como jovem, foi também em família com o marido. “Estas jornadas ensinaram-me, à semelhança de Maria, a não ter medo de dizer sim e a aceitar a vontade de Deus e o projeto de felicidade que tem para nós”, sustentou.
Carolina Rossa considerou ainda que “um dos momentos mais altos das jornadas foi a adoração ao Santíssimo [Sacramento] e a vigília com o Santo Padre”. “Pelo facto de estarmos fisicamente tão próximos do altar fez com que para nós fosse um dos momentos mais emocionantes”, completou, referindo-se também ao anúncio da JMJ de 2022 em Lisboa. “É inexplicável ouvir e perceber que o nosso país vai ser o próximo acolhedor das jornadas. Todos nós devemos ter um papel ainda mais ativo do que aquele que temos tido nas jornadas anteriores”, afirmou.