Realizou-se de 30 de janeiro a 02 de fevereiro, com encerramento no último domingo à noite na paróquia das Ferreiras, o 75º Curso de Cristandade de Homens.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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A iniciativa, que foi promovida pelo Movimento dos Cursos de Cristandade (MCC) – também conhecido como Cursilhos de Cristandade devido à sua fundação ter ocorrido em Espanha –, decorreu, uma vez mais, na Casa de Retiros de São Lourenço do Palmeiral.

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O curso contou com a assistência espiritual do cónego Rui Barros Guerreiro e do padre Tiago Veríssimo, contou ainda com a participação do padre Fábio Pedro e de mais 32 homens, oriundos das paróquias de Aljezur (1), Boliqueime (1), Ferreiras (4), Lagoa (3), Lagos (5), matriz de Portimão (7), Monchique (1), Paderne (1), Raposeira (1), São Brás de Alportel (2), Silves (5) e Vila do Bispo (1).

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A equipa de leigos teve como reitor Rui Andrez e António Belchior como vice-reitor. O encerramento (clausura), presidido pelo bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, e participado por 10 sacerdotes da diocese algarvia no salão da paróquia das Ferreiras, contou com testemunhos dos participantes que foram unânimes em destacar a “camaradagem” que proporcionou que evoluíssem de “colegas” a “irmãos”.

Foto © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
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Os novos cursistas (ou cursilhistas), que agradeceram a Deus e a quem intermediou o convite para que participassem naquele encontro, realçaram as “aprendizagens”, mas sobretudo a vivência de “experiências que marcam”, nomeadamente a oração diante do Santíssimo Sacramento no sacrário.

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Outro aspeto muito valorizado nos testemunhos foi o das intendências (orações) recebidas no curso de várias partes da diocese, do país e do mundo.

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O padre Fábio Pedro, pároco de Aljezur, Bordeira e Odeceixe, disse ter confirmado que a “fé é uma coisa simples”.

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Já o padre anfitrião Pedro Manuel, pároco de Boliqueime, Ferreiras e Paderne, considerou que o MCC “é uma família”. “É uma experiência muito própria, mas é um verdadeiro laboratório daquilo que queremos ser em Igreja”, acrescentou, evidenciando que aqueles participantes constituíram o “Cursilho do Ano Jubilar 2025” e são, por isso, “testemunhas de esperança”. “Testemunhas essas que o mundo lá fora precisa já a partir de hoje. A experiência do sacrário pode mudar o mundo que não teve a mesma experiência que vocês. Se diante do sacrário permitirmos que Deus mude o nosso mundo, por meio de nós Ele mudará, certamente, o mundo que está à nossa volta”, sustentou.

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Também o padre Nelson Rodrigues, pároco de cinco das paróquias do concelho de Lagos, exortou ao compromisso dos leigos no “verdadeiro apostolado” da “santificação do mundo”. “Se a vossa família não tem o hábito de rezar que a partir de agora tenha esse hábito. Se no vosso local de trabalho não há o hábito de falar de Cristo sejam agora vocês os impulsionadores disso”, pediu-lhes o sacerdote.

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O cónego Rui Guerreiro considerou que a “transformação” dos participantes se deveu “à abertura de cada um e, sobretudo, a Deus que chama e que quer estar presente” nas suas vidas. O sacerdote defendeu ainda que os novos cursistas “vão ajudar a revitalizar o movimento”. “Podemos dizer que há um renascer do MCC na nossa diocese e isso é motivo de alegria porque é uma graça de Deus que nos é concedida. E quem vai ganhar com isto é o mundo e os ambientes em que eles estão inseridos”, desenvolveu, pedindo aos novos cursistas que sejam “pequenas «lanternas» nos ambientes” em que vivem. “É aí que vosso testemunho tem de aparecer”, acrescentou.

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O sacerdote aludiu também ao “trabalho que o Secretariado [do MCC] está a fazer para ter uma estrutura bem organizada” e anunciou que o padre Tiago Veríssimo passou também a ser diretor espiritual daquele organismo e, consequentemente, dos Cursos de Cristandade que se realizam no Algarve.

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Por fim, o bispo da diocese alertou ser “preciso criar as condições para que o «quarto dia» [período após a vivência dos três dias do encontro] seja um prolongamento desta experiência gratificante” vivida no Curso de Cristandade. “Temos de contar com todos, com as vossas comunidades, com a oração. É preciso participar nas ultreias [encontros] que se fazem nas paróquias. Ou seja, é preciso alimentar esta força que recebestes. Podeis contar com a minha oração”, especificou, garantindo que o faz “com muito gosto”.

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“É muito reconfortante para os vossos párocos, para as vossas comunidades, para o bispo e para a diocese concluir um curso de cristandade porque vemos que Deus continua a atuar, basta nós deixarmos”, acrescentou.

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A noite terminou com uma celebração de envio na igreja das Ferreiras dos novos cursistas, tendo recebido cada um uma cruz.

As esposas dos participantes deste curso irão participar no 60º Curso de Cristandade de Senhoras, a realizar entre os dias 13 e 16 do próximo mês de março.

O primeiro cursilho em Portugal realizou-se em 29 de novembro de 1960 e no Algarve ocorreu a 18 de março de 1964, sendo destinado a homens, ao qual se seguiu o primeiro cursilho de senhoras em abril do ano seguinte.

O MCC é um movimento eclesial que propõe uma vivência de vida segundo os fundamentos da fé. Depois da participação num curso de três dias e meio, onde é feito o primeiro apelo à fé, os participantes são convidados a continuarem a caminhar em grupo, nas comunidades, realizando ultreias onde partilham as suas experiências de fé.