Os núcleos algarvios da Liga Intensificadora da Ação Missionária (LIAM) reuniram-se no passado domingo na paróquia das Ferreiras para encerrar, simbolicamente, o Ano Missionário (outubro de 2018 a outubro de 2019).
O encontro diocesano teve início, após o acolhimento, com a recitação do terço missionário e a oração. Durante a manhã foi apresentado um vídeo sobre o apoio ao Projeto de Desenvolvimento Integrado de Lembá (PIDL), em São Tomé e Príncipe, para o qual os grupos algarvios da LIAM contribuíram durante este ano.
Depois do almoço, que contou com a atuação do grupo de música tradicional portuguesa “Entretenga”, realizou-se a eucaristia, presidida pelo bispo do Algarve e concelebrada pelos padres Nuno Rodrigues e Paulinus Anyabuoke, respetivamente responsáveis nacional e diocesano daquele movimento laical ligado aos Missionários do Espírito Santo (espiritanos), e Pedro Manuel, pároco local.
“Esta dimensão missionária deve estar presente sempre porque missionários somos todos e somos sempre. Não é um mês missionário, não é um ano missionário. É sempre. «Todos, Tudo e Sempre em Missão», como disseram os bispos em Portugal numa nota para a celebração deste ano”, afirmou D. Manuel Quintas, lembrando que “é pelo batismo e no batismo” que os cristãos assumem a “vocação para a missão”.
O prelado pediu ainda aos algarvios que sejam “missionários”, “enviados”, através do testemunho da sua vida “em todas situações e circunstâncias”, “de maneira silenciosa também”. “O testemunho é aquilo que fala mais alto. Mais do que as palavras. As palavras convencem, mas os exemplos é que arrastam, motivam e mobilizam”, sustentou, na eucaristia em que batizou uma criança e presidiu à bênção de um casal pelos 59 anos do seu matrimónio.
O bispo diocesano destacou a LIAM como grupo “despertador da dimensão missionária” na diocese algarvia. “A presença da LIAM entre nós neste encontro diocesano, juntamente com os missionários espiritanos que animam este movimento a nível nacional e aqui também no Algarve, deve constituir para nós um apelo e uma chamada à missão. Despertadores da missão, sensibilizadores no testemunho missionário, dizem-nos a todos que se não formos missionários e não vivermos esta dimensão da missão não somos verdadeiros cristãos, não vivemos integralmente o batismo”, afirmou, agradecendo àquele movimento pelo seu serviço na Igreja algarvia “de tantas maneiras e de tantos modos”.
Fundada em Fátima em 1937, a LIAM é um movimento de leigos que procura dar visibilidade e vivência à dimensão missionária da Igreja em Portugal e, ao mesmo tempo, apoiar a missão que se faz além-fronteiras. Na Diocese do Algarve conta com 11 núcleos.