O dirigente social-democrata, eleito para o cargo em outubro de 2010, anunciou ainda que se recandidatará ao lugar, em ato eleitoral já marcado para 26 de maio.

“A minha demissão, apresentada na passada segunda-feira, é um formalismo, que permite convocar eleições antecipadas no partido, pois o grande objetivo do PSD/Algarve é preparar com dignidade e celeridade o processo autárquico de 2013”, disse Luís Gomes.

O até agora presidente da distrital algarvia observou que, se a eleição dos dirigentes regionais do partido se mantivesse prevista para outubro, “a nova estrutura que daí saísse teria apenas um ano para preparar as autárquicas”, o que “seria manifestamente insuficiente”.

Como principal objetivo da sua candidatura às eleições de 26 de maio, Luís Gomes apontou a manutenção do número de câmaras na região algarvia, que são nove, contra sete do PS.

Luís Gomes recusou-se a comentar a possibilidade de ter como seu concorrente direto ao cargo o atual deputado Mendes Bota, histórico do PSD/Algarve que esteve à frente do partido na região entre 2004 e 2010, ano em que não pôde concorrer devido a impedimento estatuário.

No entanto, destacou o “clima absolutamente tranquilo” que se viveu no último ano e meio de vida partidária e a existência de “reuniões mensais entre autarcas do PSD e o coordenador dos deputados algarvios, Mendes Bota”.

Como balanço do ano e meio de trabalho efetuado até agora, o também presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António realçou o contributo para as eleições presidenciais e legislativas, sublinhando que, nestas últimas, “o PSD voltou a ter a maioria dos votos e freguesias, o que já não acontecia há muitos anos no Algarve”.

Por outro lado, garantiu que, desde que foi eleito, o partido se abriu à sociedade civil, através da criação de um gabinete de estudos que “já apresentou propostas ao Governo”, uma das quais sobre descentralização administrativa.

Em outubro de 2010, Luís Gomes concorreu sozinho e obteve 91% dos votos, num ato eleitoral em que votaram 742 militantes, 33% do total.

Liliana Lourencinho com Lusa