Questionado sobre se defende um crescimento da oferta de comboios na linha ferroviária do Algarve a partir de abril, data previsível para o início das portagens na Via Infante (A22), Macário Correia contrapôs mais e melhores transportes públicos, mas não às custas de portagens.

“Nós queremos melhores transportes públicos na região, sejam eles ferroviários, rodoviários ou outros. Todavia, não acreditamos que o Governo leve por diante a questão das portagens, porque há razões que o Algarve tem e que julgo que serão ouvidas”, declarou o presidente da AMAL, entidade que representa as 16 autarquias do Algarve.

Macário Correia quer acreditar que o Governo “irá pelo diálogo”. “Não estou a acreditar que a força e a imposição imperem e, por isso, estamos dispostos a falar e a conversar com o Governo para encontrar uma solução sensata e não a pressão e a imposição que têm sido anunciadas para colocar portagens na A22”, acrescentou.

A Comunidade Intermunicipal do Algarve, as cinco associações empresariais da região, a Comissão de Utentes da A22 e as estruturas sindicais CGTP e UGT acordaram hoje uma plataforma de entendimento para lutar contra portagens na Via Infante (A22).

A divulgação, na próxima semana, de um documento técnico a explicar à opinião pública o porquê da luta contra as portagens na A22, a solicitação de nova reunião ao ministro das Obras Públicas e a realização de um fórum e debate público sobre o Algarve e as portagens são as três primeiras medidas definidas pelas principais forças vivas do Algarve.

Folha do Domingo/Lusa